Convenhamos que o incentivo ao empreendedorismo hoje, de fato, é infinitamente maior do que na década 90. Mas também vamos ponderar que com impostos absurdos, burocracias infindáveis e por sermos mulheres, em muitos casos com filhos e muitos afazeres domésticos, ainda não temos um país que incentive tanto uma empreendedora. No entanto não vamos entrar nesse mérito, o que venho falar nesse artigo é que o povo brasileiro tem cicatrizes de uma época passada e isso nos torna mais ressabiados e em busca da tão sonhada “segurança”. Não é à toa que hoje chamamos os concursos públicos de “indústria” porque de fato virou. Que pai não sonha para sua filha um emprego seguro e com estabilidade? Um emprego em que possa se programar com antecedência para as férias? Mas a verdade é que uma empreendedora também pode ter tudo isso e mais até.
Comunicar a decisão de empreender é algo complexo para muitas, assim como foi para mim. Ser empreendedora é algo nato em uns, mas que também pode ser praticado. Quando você decide que vai abrir seu negócio, você nunca está sozinha, tem sempre a família, os amigos, os vizinhos, quem quer que seja para te lembrar (quase todos os dias) do fracasso de um conhecido ou deles próprios. Isso sem falar nos conselhos sobre o tal emprego “seguro”, mas se você é determinada e sabe o que quer, então continue bravamente.
Com o tempo, você começa a ganhar destaque no que faz, mas não faltam as perguntas como “mas está dando dinheiro?” ou quando você está cansada dos problemas cotidianos “você quem escolheu essa vida”, então vamos ao ponto: praticamente 0% das empresas que abriram na história da humanidade dão dinheiro até o segundo ano de vida. Sim, os números são alarmantes, segundo o SEBRAE cerca de 48% das empresas fecham até seu terceiro ano de vida.
Não é tarefa simples empreender, é preciso ser valente e principalmente ter disciplina. O empreendedor, no geral, é visionário, organizado, disciplinado e principalmente um apostador que tenta sempre diminuir suas chances de erro, através de planos e aprendizado de experiências frustradas anteriores (suas ou de terceiros) que, muitas vezes, encurtam o caminho para o sucesso. O empreendedor tem foco e metas bem definidas (mensuráveis, tangíveis, relevantes e alcançáveis). É preciso também ter resiliência, hoje vemos muitas empresas que por não saberem diminuir nem aumentar sua capacidade quando necessário, fecham as portas.
Se você, assim como eu, nasceu para empreender, meu conselho é: saiba exatamente aonde e quando quer chegar, elabore um plano para saber como chegar e comemore toda conquista como uma grande vitória, isso estimula muito. Nós, empreendedoras, precisamos sempre manter a paixão por nosso negócio com brilho nos olhos. Nem sempre estamos empreendendo em algo novo, mas sempre agregamos novos projetos e valores aos que já temos. E vamos sempre em frente, firmes e fortes!
Bárbara Stock é mãe do Matheus, empreendedora desde o nascimento, empreteca pelo SEBRAE, CEO da Clube Binkie Empreendimentos, empresa infantil de artigos personalizados com foco na praticidade e saúde. Sócia –fundadora do Stock Saveur Buffet e Stockinho Saveur (uma ramificação voltada para banquetes infantis). É bacharel em sociologia com habilitação em produção e política cultural e criadora do projeto Empreenda In Empresa, que visa despertar o espírito empreendedor dos funcionários, através da sobra de matérias – primas e reciclagem.
Um pensamento em “Anunciar a decisão de empreender, tarefa complexa para muitos!”
Linda mensagem. O artigo veio carregado de inspiração e força, combustível indispensável para todos os empreendedores! Sucesso Babi!!!