Por Camila Fernandes
Você cansou de ter patrão e horário fixo de trabalho e resolveu ser dona do próprio nariz? Ótimo, seja bem-vinda ao time. A força de vontade e a ideia preciosa que irão garantir esta ‘ousadia’ você também já tem. Melhor ainda. Mas aí eis que você se pegou com uma dúvida: será que existe mercado para a minha ideia? Uma das maiores dúvidas de quem vai empreender é saber se o serviço que perambula na própria cabeça tem mercado, ou seja, se vai ter alguém que o compre, afinal de contas, precisamos de dinheiro para sobreviver. Empreendedoras são movidas por paixão, por uma vontade incrível de fazer acontecer (vide Coco Chanel AQUI e AQUI). E mesmo que a sua ideia seja ótima, você precisa ter certeza de que ela é rentável, caso contrário é melhor deixá-la apenas com um hobby e procurar outra coisa para se sustentar. E aí você me pergunta: ‘Como vou conseguir saber isso?’. Simples minha cara leitora, basta continuar lendo este artigo. 🙂
A empreendedora inteligente usa a criatividade e sua rede de contatos para testar uma ideia. Como estamos falando em ‘teste’ não justifica gastar um valor alto em dinheiro, até porque, se não der certo, você nunca mais verá a cor do seu investimento. O mundo está repleto de oportunidades para mostrarmos às pessoas aquilo que pensamos e gastando pouco ou nada. A internet, por exemplo, faz isso. Não custa nadinha fazer uma fanpage e por meio dela você consegue um feedback bem bacana. Mas é sempre bom lembrar que não vivemos no mundo virtual (por mais que isso possa parecer) e que ‘gastar sola de sapato’ é essencial para saber o que andam falando do seu produto. Quando você tem contato direto com seu cliente (e de preferência clientes que não sejam da sua família porque precisamos de respostas imparciais) é possível perceber se ele realmente gostou. Você vai analisar o brilho no olho, as feições e anotar todas as ideias que ele der. Sem essa história de ‘não vou mudar minha ideia por sua causa’. Se você não der importância para a opinião de quem vai sustentar seu negócio, é bem provável que ele – o negócio – não vá existir. Outra ideia que deve ser levada em consideração é: certifique-se que a sua proposta é melhor do que todas as outras que estão por aí. E não estou falando de preços. Estou falando de qualidade. O que você pode oferecer que só você consegue fazer? É este diferencial que vai atrair a clientela.
Meu namorado, que é publicitário, sempre diz que não é apenas a ideia que deve ser comercializada, mas sim o indivíduo por trás dela. Trocando em miúdos, a nossa imagem também tem grande importância nisso e, portanto, como temos que testar uma ideia antes de colocá-la de vez no mercado de trabalho, temos que testar (que também pode ser substituído por ‘experimentar’ e ‘experimentar’) nossas roupas e acessórios muito bem antes de sair de casa.
Quando a gente estuda Consultoria de Imagem e Estilo, aprende a importância de separarmos um tempinho para cuidar bem da nossa aparência. Se temos todo o cuidado na forma como apresentamos nosso produto (tipo: embalagem, cartão de visitas etc) por que não temos o mesmo zelo com o nosso cabelo, pele e roupas? Não estou falando que você deve virar escrava da beleza, mas que deve dispensar um pouco de atenção, isto é certo. Com este tempo você pode TESTAR seus looks e fotografá-los e aí na hora da correria você vai conseguir ver combinações que ficam legais pelas fotos, deixar separadinho o que vai vestir na noite anterior (e pra decidir isso os sites de previsão do tempo ajudam muito), dar uma olhada minuciosa para ver as peças que precisam de reparos (barras descosturando, pequenas manchas etc) e ver o que vai se encaixar com desenvoltura na sua agenda do dia seguinte (se você sabe que vai andar feito um ‘cachorro sem dono’, o salto agulha não se justifica, né?!)
Pense em você como uma marca que quer ganhar credibilidade no mercado de trabalho. Escolha suas roupas de acordo com a imagem que quer transmitir e teste em frente ao espelho (sempre) antes de sair de casa. Experimente, olhe, fotografe, experimente de novo com outras peças e acessórios e descubra as várias possibilidades de encantar seu ego e ganhar o respeito alheio. Uma ideia só é boa o suficiente depois de passar por vários testes e ser adaptada à realidade. Uma imagem pessoal só é boa o suficiente quando transmite a personalidade da pessoa, seus anseios, desejos e vontades aliados à vida que ela leva (demandas, compromissos, rotina). Vender, minha cara, é uma arte, mas ‘vender-se’ é uma obra-prima. Bons negócios!