Fechando esse mês de Março, onde se comemora o Dia Internacional da Mulher, estabelecido há 105 anos na Dinamarca, chamo os leitores a refletirem sobre o desafio do equilíbrio de gêneros que devemos ter como pessoa, na busca do equilíbrio da diversidade de emoções e habilidades.
A primeira diversidade reconhecida pelo Homem foi a do gênero Masculino e Feminino com base em suas características distintas, as quais segundo a Antropologia é fruto da evolução milenar, onde as mulheres desenvolveram habilidades hoje encaradas como diferencial competitivo em relação aos homens, especialmente em relação ao networking e gestão de negócios. A visão ampla feminina, aperfeiçoada desde os primórdios da humanidade pela atividade de colher frutos em grupo para subsistência, ao contrário da visão masculina, orientada à caça e alvo em presa única e fixa, desenvolveu na mulher a habilidade de identificar oportunidades em 360 graus e de participar de interlocuções múltiplas e simultâneas, o que é excelente para fomentar o networking. Não é à toa que nós homens nunca achamos o que estamos procurando. Que o digam nossas mães e esposas…
Já o carinho e foco nos detalhes, usado no cuidado com a prole, aperfeiçoou o senso de responsabilidade e atenção em relação às regras, transformando o seu relacionamento comercial em superprofissional. Essa característica leva a mulher a querer buscar e compreender em que ou no que está investindo, sem nenhuma vergonha de perguntar até ter a total compreensão dos aspectos envolvidos nos acordos de negócio. Já os homens, com o seu pragmatismo, tendem a se precipitar mais nas tomadas de decisões.
No contraponto ao racional masculino, a emotividade feminina na realização do que faz, sempre celebrando as conquistas e sucesso, serve de combustível e catalisa novas conquistas, propiciando maior engajamento do time, clientes e parceiros, pois elas demonstram e são transparentes no que acreditam. Assim, a contrapartida financeira é, por vezes, secundária o que gera uma experiência diferente no relacionamento comercial com seus clientes e uma maior fidelização. Por vezes, diferente da insensibilidade e indiferença masculina, o instinto materno feminino potencializa a sua empatia, pela capacidade de entender as meias-palavras e comportamento dos seus entes queridos. Esse Skill é uma ferramenta poderosa no processo de negociação, pois permite rápido alinhamento de pontos e expectativas para atender as reais necessidades do cliente.
Em adição, como tendem a falar muito, as mulheres costumam ser boas ouvintes. Assim, o saber ouvir é outra vantagem competitiva na negociação e construção de relacionamento. Seja em reuniões ou em conversas não formais, elas dão atenção a outros pontos de vista, capturando assim outras perspectivas sobre uma dada situação, possibilitando uma decisão mais rica.
Mas, por fim, o lado bom é que essas características comportamentais podem ser trabalhadas, potencializadas e incorporadas ao nosso dia a dia independentemente do nosso Gênero. Por isso, sempre lembro o que diz na canção do Pepeu: “Ser um Homem feminino, não deve ferir o nosso lado Masculino”.