Por Bárbara Stock
Acredito que todo empreendedor (ou a maioria) passa ou já passou pelo grande dilema: Crescer ou estagnar? Como já discutido em vários outros artigos, e sem necessidade de me estender sobre isso, é realmente muito burocrático e complicado empreender em nosso país, por diversos fatores e entre os mais graves, a tributação excessiva que nós empresários brasileiros sofremos. Mas o ponto principal do artigo não é esse e sim, quando você abre seu negócio e ele começa a dar certo, a finalmente render frutos (aqui não me refiro apenas a retorno de capital, mas reconhecimento de marca e nome de mercado). Na verdade é nesse momento que considero verdadeiramente o ponto de partida de um empreendimento, essa é a hora em que o mercado está respondendo a sua empresa.
Essa parte, em específico para mim, tem sido a mais delicada, é agora que você começa a olhar seu plano de negócios com mais frequência e ver se está no caminho traçado ou não e entender o porquê das coisas, essa é a hora que chamo de vai ou racha, é a hora que só existem duas alternativas para sua vida (ou decola de vez e solidifica ou para), afinal crescer também assusta. Comparando a grosso modo a uma pessoa de dieta (ela começa a emagrecer, começa a ver seus esforços valeram a pena, mas depois que alcança o resultado inicial desejado, descobre que na verdade a parte mais difícil é essa: manter!). Se manter no peso que foi perdido é sempre mais difícil que o próprio processo de emagrecimento, e é assim que considero o mundo dos negócios. Manter seu negócio girando perfeitamente, estar à frente das tendências e da concorrência, perceber a maré e um pouco (muito) de intuição, são atitudes fundamentais para essa fase, que como dito anteriormente, julgo uma das mais importantes para a saúde plena do negócio.
Acredito também que um verdadeiro empreendedor deve saber quando sair de cena (se for necessário e o melhor a fazer) e recomeçar, ele só não deve desistir. É preciso lembrar que cada tombo só nos deixa mais perto do sucesso, se com eles tirarmos as lições necessárias, apenas as que nos façam crescer e evoluir, assim quando chegamos nesse estágio (o do agora vai ou racha), aquele que você já começa a ver retorno e já enxerga que seus planos para crescimento não são mais só projetos e sim tem toda capacidade de execução, você, muitas vezes se sente um recém-formado. O recém-formado fica um período no que chamo de “limbo”, pois assim que ele sai da faculdade, ele não é mais um estudante universitário, mas também não é oficialmente formado, afinal ainda não tem o diploma em mãos. Quando uma empresa consegue sobreviver aos seus primeiros 2 anos e recuperar seu investimento inicial, muitas vezes o dono passa por essa mesma “crise de identidade do recém-formado”, é o conhecido. E agora? Não sou nenhum principiante, mas também não estou totalmente consolidado.
Então, e agora? Agora foco no planejamento inicial, foco nas mudanças e adaptações que se façam necessários nele, de acordo com a vivência e experiência da empresa e vamos perder o medo do crescimento. Que muitas pessoas têm medo do fracasso, isso sabemos, mas o que me parece um pouco mais inusitado é o medo do crescimento do negócio, e tenho visto e vivido essa sensação; então a nós todos que estamos passando por isso, vamos lá: Confiar no próprio taco e de sua equipe já é um bom começo, acreditar que as perspectivas estão a favor é o segundo passo, quando as coisas são bem planejadas as chances delas darem certo aumentam muito e terceiro: Nunca se esqueça, você é um empreendedor, e sabe se adaptar a novas situações, portanto se a maré mudar no meio do caminho, você saberá tirar proveito e crescer com a situação.
Um pensamento em “Dilema Empreendedor: o que fazer?”
Excelente !