Por Mara Gabrilli
Eventos esportivos como a Copa costumam despertar a curiosidade de muita gente para o esporte, desde os amantes do desporto até aqueles que nunca pisaram em um campo ou estádio de futebol. Todo mundo se reúne para assistir gente de todos os continentes demonstrando suas mais variadas habilidades.
A verdade é que ao assistir dezenas de jogadores, de culturas diferentes da nossa, derramando para o mundo emoções tão comuns ao nosso dia a dia, como o riso e o choro, a frustração e a alegria, encontramos em nós um espírito de atleta que, embora contido, manifesta-se em nossa maratona diária.
Você já pensou alguma vez que nos assemelhamos aos superatletas que hoje estão mostrando habilidades que jamais cogitamos ter?
Pense bem: nossa vida tem regras, algumas passíveis de serem quebradas, outras não. Há juízes para julgar seu desempenho e tempo ideal para cumprir cada compromisso – muitos você pode encarar até como desafio. O dia a dia também demanda uma equipe para quase tudo que resolvemos fazer. E não só por necessidade, mas em coletivo a vida fica mais fácil e leve.
Viver requer disciplina, por isso, há notas para boas e más apresentações no decorrer da nossa existência por aqui. Tudo depende de como você se empenha na execução de cada uma de suas tarefas. Há também punição por infrações e medalha para aquele que conquista o pódio. Mas, a melhor parte de tudo isso ainda é o direito de poder competir na maratona mais longa pela qual podemos passar. E para quem está disposto a largar bem, cabe tentar competir da melhor forma possível: com espírito de atleta!
Nessa Copa, tivemos ótimos exemplos de competidores com corpo, mente e alma de atletas de verdade e que se superaram, que mostraram ir além de qualquer expectativa de favoritismo. Jogadores, que assim como você, superaram obstáculos para chegarem onde planejaram. Ou, ainda, aqueles que estão no meio da competição em busca de seus sonhos.
O Brasil perdeu e de uma maneira que ninguém esperava. Mas o espírito de atleta, de respeito pelo adversário, não deixou de fazer parte da competição dos dois lados do campo. Esse foi o legado da Copa para os brasileiros e cidadãos do mundo que por aqui passaram.
Nesses momentos, não há como negar que a vida é mesmo uma bela maratona, onde se ganha e às vezes se perde, mas sempre se divide.