Por Flávia Galbes
Outro dia, conversando com um amigo que tem um alto cargo em uma grande empresa, percebi uma coisa muito engraçada, eu tinha uma imensa admiração pelo profissional que ele é e vice-versa. Ele descreveu minha atuação empreendedora como “muito glamourosa” e eu disse que o cargo dele é que era cheio de glamour (rsrs).
Ficamos ressaltando as coisas boas do trabalho um do outro e falando dos pontos negativos do nosso próprio trabalho. Depois de um certo tempo, minha constatação foi que o ser humano tem uma tendência a estar sempre insatisfeito consigo mesmo e de sempre achar que o que o outro tem é melhor. Meu amigo concordou e acrescentou: “isso é o que move o ser humano, sua eterna insatisfação”.
Achei interessante essa conversa, me fez lembrar um vídeo muito interessante que circulou há algum tempo pela internet http://bit.ly/1l0xyK1 . Por que será que sempre damos o valor real para os outros e temos a tendência de nos diminuir? Sempre achei que fazíamos isso somente com a nossa autoimagem, mas depois dessa conversa percebi que fazemos isso com tudo.
Já parou para pensar como é fácil “vender” ou fazer propaganda do empreendimento de sua amiga? E quando é para fazer um pitch do seu próprio negócio? Aí é praticamente um parto com fórceps, não é mesmo?
Como é que pode, fazemos tudo com tanto amor e dedicação e na hora de dar valor nos colocamos abaixo de tudo e de todos! Uma das coisas que mais me incomodou por um tempo foi ouvir de uma pessoa que admiro muito: “Nossa, você devia contratar a fulana para falar por você do seu negócio, ela realmente soube vendê-lo para você”! Como assim?
Isso me incomodou por algum tempo, até o dia em que eu resolvi parar de mimimi e finalmente consegui redigir um pitch que explicou muito bem o meu serviço. Como foi difícil, quanto tempo sofri com isso. E no final o que percebo é que, independente de ser homem ou mulher, empreendedor ou intraempreendedor, somos todos seres humanos, extremamente críticos com nós mesmos e com um olhar muito mais real sobre os outros, será que não deveria ser o contrário?
Comece a observar qual a admiração que os outros têm pelo seu negócio e valorize-o!