Por Marcelo Grassano
Como prometido, no último post, traremos algumas histórias de famílias que enfrentaram o diagnóstico e tratamento do câncer e como esta fase alterou suas vidas pessoais e financeiras. Hoje, trazemos a experiência de Bruna*, 48 anos, casada, mãe de três lindos filhos (ela garante!!!!).
Em sua primeira gestação, o casal decidiu que ela deixaria o trabalho de educadora para se dedicar à família e a criação dos filhos, que ainda vivem sob as asas de uma mãe apaixonada!
Tamanha dedicação foi retribuída pela família no difícil momento do diagnóstico e tratamento contra o câncer. Seu marido, desde o primeiro momento, a acompanha em exames, consultas e tratamentos. Ele tinha um bom emprego em uma multinacional.
Seu salário quase duplicava graças às frequentes horas extras. Uma vez ao ano a família fazia uma viagem, hospedando-se em hotéis.
Com dois filhos já na faculdade e o terceiro “bem encaminhado”, ela achou que estava na hora de procurar uma atividade. Foi quando adentrou uma pequena boutique de roupas e se ofereceu para trabalhar. Não pediu para ser registrada, pois queria testar suas qualidades na organização da loja. A proprietária aceitou o pedido, mas, muito correta, só o fez na condição de “assinar a carteira”.
Pouco tempo depois veio o diagnóstico do câncer. Felizmente ela estava registrada e pôde afastar-se pelo INSS para seu tratamento. O marido passou a trabalhar no turno da noite, tendo que abrir mão dos rendimentos frutos das horas extras.
As dificuldades financeiras vieram. Não são mais possíveis as hospedagens em hotéis e o filho mais novo teve que ser transferido da escola particular para uma pública. Contudo, graças ao auxílio-doença e a uma boa organização financeira familiar, conseguem manter uma boa qualidade de vida. As viagens agora são para casas de amigos e parentes, mas não menos prazerosas!
*Nome fictício, para preservar a identidade da entrevistada.
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