E agora as contas não são somente para serem pagas, mas acima de tudo gerenciadas. Este é o lugar que mulheres CEOs, tanto quanto os carros-fortes têm ocupado no mundo das finanças.
Sim, por cima dos panos, mantendo a força e dignidade, as mulheres gerenciam, com nítida destreza e liderança, imensas fortunas. Por longos anos, Terri Dial administrou, até o final de 2011, em grandes bancos do varejo (como os da rede Citigroup e Wells Fargo), recursos financeiros de diferentes clientes. Foi também a responsável pela implantação de uma política de Diversidade Corporativa, da qual hoje o Citigroup é uma empresa líder na modalidade.
Uma de suas sucessoras, Cecilia Stewart, hoje no Citigroup, preside o segmento Comercial e de Pequenos Negócios, enquanto Marianne Lake, diretora de finanças do JPMorgan Chase, ocupa o cargo deixado por Ina Drew, marcando presença em um lugar operacionalmente da força de trabalho masculina. Milhões de dólares passam pelas gestoras destes cargos. Elas definem não só a migração e imigração dos recursos, que transitam nas bolsas de valores, como também o apoio para as infraestruturas locais, além de definirem o controle da economia de países em declínio financeiro.
Mulheres como Beeth Money que se tornou em 2011, a primeira presidente de um banco norte americano dentre os vinte mais importantes, são capazes de alavancar, apenas com a sua presença em cargos de expressão no campo sócio-econômico, a máxima de trazer para o cenário, a crença no potencial feminino para exercer quaisquer funções.
A exemplo dos bancos acima citados, a Sul Africana ex-diretora do Banco Mundial, Mamphele Ramphele, assumiu esta posição por sua capacidade empresarial à frente da Black Economic Empowerment Private Equity e, posteriormente, na Fundação Rockefeller.
No Brasil, 24% dos cargos de CEOs são ocupados por mulheres e 48% de supervisão em diversas áreas, não apenas no campo das finanças. Isto é pouco se utilizarmos os EUA como referência, onde elas já estão em pé de igualdade com os homens. Fato observável ao identificar Irene Doner, como a Executiva norte-americana mais poderosa neste cenário dos Bancos, à frente do HSBC identificada pelo American Banker.
É fácil encontrar na capacidade feminina, habilidades para atuar em quaisquer setores das finanças, espaços estes ainda polarizados pelos homens. As mudanças sociais vêm colocando desafios crescentes, tanto na forma de inserção, quanto na de interação em sociedades e espaços profissionais diversos, onde o conhecimento do dominador é permeado pela sutileza, eficiência, liderança, capacidade técnica, estratégica e objetiva da mulher. A igualdade profissional é a meta. E as finanças? Com esse grupo de mulheres, vão muito bem, obrigada.
Daise Rosas é psicóloga, autora de artigos sobre Empreendedorismo Feminino, pesquisadora sobre o tema e empresária da EOSS Consulting LLC, AfroBrasil Turismo e Stúdio Quilamú. Participante de organizações internacionais de apoio a Mulheres de Negócios WEConnect e Vital Voices. Desenvolveu políticas públicas em autonomia econômica para a SPM em parceria com IBAM, SEBRAE e BPW, coordenando o Programa Trabalho Empreendedorismo da Mulher em Brasília e atuando no RJ e Recife. Coordenou o Programa de Desenvolvimento Organizacional para uma Incubadora de Negócios. Prestou consultoria em orientação para os negócios em Angola e atualmente para Moçambique, com foco no atendimento para mulheres e orientação para desenvolvimento local e sustentável.