Por Joyce Moysés
Como rotina de empreendedora não é um mar de rosas, dedico este post a um desabafo. Por que muitas pessoas acham que não precisam responder ao e-mail que você envia com sua proposta de trabalho (a pedido delas próprias)? Vou explicar melhor.
Se elas pedissem esse tipo de informação a você pessoalmente, no mínimo diriam “obrigado” depois de ouvirem a resposta. No entanto, quando pedem que prepare uma proposta e envie por e-mail, o mais comum é acharem que não precisam escrever ao menos “Ok, recebido” ou, melhor ainda, “obrigado”. Talvez pensem que você não fez mais que a sua obrigação de servi-las.
Sou procurada por empresários, educadores, agentes de atletas e profissionais de outras esferas, querendo saber se eu posso ser útil com meu trabalho de jornalista, palestrante, escritora e com meu conhecimento sobre variados assuntos. Eu escuto o problema deles. Em muitos casos, marcamos um café; e eu gasto pelo menos duas horas de conversa sobre a demanda deles. Fora deslocamento, custo de combustível e de celular (Está chegando? Estou na mesa tal, de óculo e camisa azul…), estacionamento…
Depois gasto meu tempo preparando uma proposta detalhada, em nome da minha empresa de conteúdo, que se adeque ao problema deles, com a minha proposição de solução. E também faço uma série de cálculos de quanto posso cobrar, de forma que não seja nem muito oneroso para esses potenciais clientes e nem desvantajoso para mim.
Daí, envio a proposta. E as pessoas mal-educadas somem. Fico várias vezes checando a caixa postal, buscando “um sinal de fumaça” virtual do meu interlocutor… E nada. No mínimo, considero falta de educação não dar um retorno curto, simples à minha dedicação e profissionalismo. O que eu concluo? Será que vou querer trabalhar com quem não valoriza o outro, o trabalho do outro, o tempo do outro?
Também sou solicitada a escrever artigos sem remuneração. Ok, amo escrever, sou jornalista e meu maior prazer é disseminar informação. Mas quando não recebo um e-mail de volta dizendo “obrigado” ou pelo menos “recebido”, eu me pergunto aonde o respeito profissional foi parar. Você que é empreendedora, principalmente na área de serviços, também passa por isso? Não está só.