Por Joyce Moisés
No final de 2014, minha amiga Mariliz Pereira Jorge, colunista da Folha de S. Paulo, escreveu um artigo que criou polêmica: “A Incrível Geração das Mulheres Chatas”. O foco era relacionamento amoroso, e a Mariliz, que é uma mulher independente e bem-resolvida com suas escolhas pessoais e profissionais, criticava a massa de mulheres que se fazem de coitadas porque não conseguem achar namorado, usando desculpas para camuflar suas inseguranças e falta de talento sedutor.
Isso me fez pensar na Incrível Geração das Empreendedoras Chatas. Eu não quero de jeito nenhum estar nesse grupo e imagino que você também não queira. Então, resolvi abrir essa discussão destacando três comportamentos – na minha visão de jornalista que estuda o tema – da empreendedora que só afasta parceiros, fornecedores, clientes. E depois ela não entende por que o seu negócio não prospera?!?
Se quiser crescer essa lista com seus comentários, fique à vontade. Lá vai:
1. Empreendedora chata, quando cruza com você, só quer falar do negócio dela. Em vez de diálogo, vira monólogo.
Comportamento ideal: reciprocidade. O interesse pelo outro cativa fãs. Sem contar que desenvolver a capacidade de ouvir lhe dará ideias para turbinar o seu negócio.
2. Empreendedora chata suga suas ideias, quer usá-las de ponte para alcançar seus contatos, pede ajuda sempre, mas não dá nada em troca.
Comportamento ideal: de parceria. Profissionais bem-sucedidos sabem quando devem ser competitivos e quando devem ser colaborativos. As duas habilidades caminham juntas, mais do que nunca, com ética e dosadas conforme a situação.
3. Empreendedora chata promete mais do que entrega, fica dourando a pílula sobre suas ações. E cansa a paciência dos ocupados.
Comportamento ideal: surpreenda. É legal quando chegamos a um hotel e descobrimos que ele é muito melhor do que nas fotos, não é? Passe essa impressão boa sobre você e seu negócio. Cumpra o que promete, entregue além do combinado, faça mais do que esperam seus parceiros, clientes, fornecedores.
Até o próximo mes!