A partir de hoje o Empreendedorismo Rosa conta com mais uma colunista que nos presenteará com reflexões a respeito de nossos questionamentos internos sobre ser: A mulher que Empreende.
Ao sucesso sem des(culpa)!
Somos rodeadas de tarefas e responsabilidades, mas cuidar dos filhos nas suas inúmeras necessidades sempre foi a prioridade da maioria das mães. Entretanto a vida moderna nos trouxe outras escolhas, desejos e necessidades que se tornaram parte importante de nossas vidas assim como o casamento e a maternidade.
Resolver essa dificil equação sempre foi uma tarefa árdua e sofrida para a maioria das mulheres, pois envolve sentimento profundo de amor em relação a sua cria e necessidades de auto-satisfação e realização, que hoje em dia, vai muito além de ter uma famíla e filhos.
As exigências da vida, das empresas e da própria mulher a leva para uma inevitável condição de stress e culpa, já que dificilmente se sente plena e atendendo satisfatoriamente a todas essas demandas. Mas existe uma resposta única que atenda a todas essas necessidades? Dificilmente encontraremos uma receita que atenda e satisfaça a todas mulheres-mãe-profissionais.
A particularidade de cada mulher vai conduzi-la neste percurso de forma única, e embora quase todas passem pelo mesmo dilema de se dividir nas suas múltiplas funções, cada uma pode viver isso de forma e intensidade diferente.
Pergunto-me se a mulher que faz uma escolha de abandonar sua vida profissional para se dedicar a família e a casa estaria livre do sentimento de culpa e teria a certeza de atender plenamente a seus filhos. Dificilmente, pois mesmo em casa nem sempre podemos suprir as demandas dos filhos e cobrir todas as necessidades da família. Afinal, se a ausência é prejudicial, o excesso também sufoca. Sempre haverá furos, lacunas, faltas não preenchidas, que diga-se de passagem, indispensáveis para que o desejo se estabeleça e o sujeito avance.
Parte da intensidade destes sentimentos está ligado a auto estima e valorização de cada mulher tem de si própria, que pode levá-la a suportar esse mal estar de forma mais ou menos equilibrada. Perceber que sempre haverá ganhos e perdas nas relações, estando ela dentro ou fora de casa é a condição para amenizar as exigências exageradas que podem estar ligadas a necessidade de corresponder a expectativas do outro, seja lá que nome tem esse outro.
Os sentimentos da mãe em relação ao seu afastamento e como ela transmite isso a criança muitas vezes está ligado a forma como ela própria lida com seu trabalho, sua autonomia, suas frustrações e como se vê como mãe e mulher. Essa reflexão é importante para que ela possa se olhar e se cuidar, ao invés de se condenar e culpar.
Ao diminuirmos a nossa auto cobrança consequentemente diminuimos a culpa e assim aumentamos a capacidade de visualizar os ganhos que também envolvem a opção de trabalhar fora. Filhos se adaptam a realidade e pais, quando se organizam, conseguem atender as necessidades dos filhos.
Há muito tempo trabalhar deixou de ser apenas uma forma de ganhar dinheiro, mas também uma forma de realização. É possível envolver-se intensamente com todas essas funções, desde que saibamos que sempre haverá alguma falta, não necessariamente uma falha.
O sucesso profissional te espera, eterna mãe!!!
Vânia Vidal de Oliva é Psicóloga Clínica, Psicanalista com mais de 25 anos de experiência no atendimento de adolescentes, adultos e na orientação familiar. Atua hoje na Clinica Casa do Crescer na cidade de Curitiba.
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Clinica Multidisciplinar Casa do Crescer
10 pensamentos em “Ao sucesso sem des(culpa)!”
Gostei muito do seu texto.Revela o mais importante : a autoestima elevada é fundamental para arcarmos com as consequências das nossas escolhas.Saber se cuidar para cuidar dos outros, cuidar da vida, do trabalho.Estarei visitando sempre o site para ler artigos como o seu.
Sandra, com certeza uma autoestima positiva é uma grande aliada na resolução desse dilema.
Abraços,
Vania Oliva
Vânia vc. está de parabéns, porque é exatamente assim que eu fico às vezes, me sentindo culpada por não poder dar a atenção que minhas fiolhas merecem. E olha que elas já estão adulatas. Mais parece que fui roubada de não ter podido cuidar como gostaria, quando ainda eram crianças e adolescentes.
Obrigada por este texto.
Beijos.
Fátima, fico feliz por ter traduzido o sentimento vivido por voce e outras tantas mulheres que vivem esse dilema.
Abraços,
Vania Oliva
Excelente texto que ilumina a mulher, não apenas a que sente culpa, mas também aquelas que sentem dúvida com relação ao caminho a seguir e também para aquelas que já fizeram sua opção possam refletir e se descobrir nesse mundo maravilhoso da mulher empreendedora que vive para tornar a vida dos seus mais feliz.
Carmen, poder iluminar essas mulheres na reflexão sobre suas múltiplas possibilidades me deixa muito feliz.
Abraços,
Vania Oliva
JÁ PASSEI POR ESSE DILEMA………ORA ME ACHAVA CULPADA POR IR TRABALHAR E DEIXAR OS FILHOS , ORA ME ACHAVA REALIZADA POR ESTAR TRABALHANDO E AUMENTANDO A MINHA CAPACIDADE PROFISSIONAL.
O EQUILÍBRIO ENTRE ESTE BINÔMIO ;LAR E TRABALHO,É UMA NECESSIDADE DE SER MANTIDA PARA O BEM ESTAR DA FAMÍLIA E COMPREENSÃO DOS FILHOS PARA O FUTURO.
Obrigado por trazer sua história para ilustrar nosso tema. Esse dilema é inevitável, mas necessaário.
Abraços
Exatamente o que estou vivendo nesse momento….
Amei o conselho e com certeza estou e continuarei seguindo esse caminho,agora com mais confiança e sabendo que estou no caminho certo.
Obrigada
bjooo
Renata,
Esse é um momento dificil mesmo e não tem como passar por ele sem alguma coragem e confiança no seu desejo.
Boa sorte e sucesso!
Abraços.