Levei uma vida acreditando que ser empática seria uma via de duas mãos. Ensinei meus filhos a serem empáticos ( assunto de terapia constante, o quanto errei na dose). Eles são maravilhosos mas quebraram muito a cara por serem empáticos demais. Mas eu fiz o que sempre julguei ser o mais correto. Sorry, AMORES de MAMÃE!
Se colocar no lugar do outro para mim foi um lugar natural. Sempre pensando o quanto, naquela situação, o que o outro está passando eu amaria que alguém estivesse ali comigo.
Nestes anos todos fui vendo o quanto a empatia é algo particular e até perigoso para nossas emoções, afinal as pessoas pensam nelas e não necessariamente no coletivo e em você.
Trabalhando com mulheres sempre me coloco no lugar delas, se elas tem uma LIVE procuro estar lá para prestigiar ( mesmo que muitas vezes o assunto nem seja mais pertinente para meu momento). Se elas darão um curso, divulgo. Se elas fazem uma postagem, estou lá curtindo, compartilhando. Passo a elas a importância de valorizarmos as redes de apoio que fazemos parte.
Mas hoje me percebi a espera do “DATE” e ele não apareceu. Primeiro veio uma sensação de:” isso não está acontecendo”, depois veio “Ah! isso está acontecendo” e depois veio “Então empatia é sobre isso?”. No final das contas foi um momento bem importante para reavaliar os passos, as atitudes e as empatias que ainda ofereço por aí.
E aí decidi ser empática comigo e vim aqui escrever. Quem sabe empatia seja algo do passado ou talvez até apenas mais um termo bonito para usar nas redes sociais e está tudo bem.
As vezes a gente precisa receber sinais do universo para compreender que existem valores que definitivamente são apenas nossos. Empatia, é um dos meus.
Beijos de compartilhar ao som de uma trilha sonora espetacular que fiz inspirada no livro de Kamala Harris.