Pesquisa da Endeavor Brasil revela que 3 em cada 4 brasileiros prefeririam ter um negócio próprio a ser funcionário de uma empresa.
Aproximadamente 88% da população brasileira reconhece os empreendedores como geradores de emprego. O número é o mesmo nos Estados Unidos e quase 20% maior do que no Japão. Em meio às melhores percepções sobre o empreendedorismo, as pessoas entendem ainda que ter um negócio próprio é assumir responsabilidades, poder oferecer oportunidades, “colocar a mão na massa”.
Com o intuito de registrar os perfis empreendedores no país e compará-los com a população como um todo, foramentrevistados proprietários de micro, pequenas e médias empresas de todos os setores, potenciais empreendedores e até mesmo jovens e adultos que não pretendem abrir um negócio próprio.
A partir do estudo, destaca-se uma impressão geral: os brasileiros veem o empreendedorismo com bons olhos e consideram esta atividade benéfica para o país em vários aspectos.
Muita vontade e pouca ação
Mais do que a visão otimista sobre o papel do empreendedor, a pesquisa identifica também que o brasileiro realmente deseja empreender. Neste quesito, o país tem a segunda maior taxa do mundo, atrás apenas da Turquia (segundo dados do Eurobarometer).
A amostra da Endeavor revela que 3 em cada 4 brasileiros prefeririam ter um negócio próprio a ser empregado ou funcionário, enquanto metade dos americanos tem a mesma ambição. Além disso, 52% dessa população acredita ser provável ou muito provável que se torne empreendedor em um horizonte de 5 anos.
Por que, então, apenas 4% dos brasileiros são empreendedores com funcionários (aqueles com maior sucesso profissional e mais escolarizados)?
Falta de recursos
Um dos principais impedimentos para começar, segundo a pesquisa, é a falta de recursos financeiros. Entre aqueles que acham pouco provável empreender no futuro, 66% diz que esta é a principal razão para isso – um dos maiores índices em todo o mundo.
Como termômetro, a pesquisa lança mão da seguinte pergunta: “O que você faria se ganhasse R$ 50 mil?”, à qual a maioria responde que iniciaria um negócio ou compraria uma casa, em troca das opções: poupar dinheiro, gastar em coisas que sempre quis e trabalhar menos ou parar de trabalhar.
Apesar disso, no Brasil, outros riscos da atividade empreendedora parecem ser subdimensionados, como perder a propriedade, falir ou gastar muita energia ou tempo de trabalho.
O empreendedor do futuro
De acordo com a pesquisa, o futuro empreendedor brasileiro, embora seja mais jovem, guarda características semelhantes as do empreendedor com funcionários. Ambas as categorias são mais escolarizadas e empreendem mais por oportunidade do que por necessidade, ou seja, têm maior convicção em relação à atividade. Além disso, a sua renda familiar é mais elevada e o acesso aos bens de consumo, maior.
Esta é, portanto, a nova cara do empreendedorismo no Brasil e um sinal muito positivo para o futuro do país.
Para ter acesso a mais detalhes sobre o cenário do empreendedorismo nacional, clique aqui e faça o download do primeiro capítulo do relatório.
Fonte: Endeavor Brasil