Por Pipoca Moderna
Continuando nossa jornada buscando mulheres importantes pela história para ensinar algo sobre apresentação para vocês, falaremos hoje sobre duas grandes cantoras desse nosso Brasil. Como tivemos um empate na enquete feita pelo Facebook que decidiria sobre quem seria esse post, o texto será sobre as duas vencedoras: Rita Lee e Maria Bethânia. Inclusive, fica aqui a dica pra você leitora sempre votar nas nossas enquetes que acontecem na página do Facebook do Empreendedorismo Rosa e que ditam os temas desses textos aqui. Enfim, voltando as cantoras: uma é do rock, outra da MPB, mas ambas passaram pela Tropicália e podem nos ensinar muito sobre apresentações.
O apresentador(a) deve chamar a atenção. Mas como fazer isso? Subir ao palco de peruca vermelha? Fazer malabares? Cuspir fogo? Não meu caro e minha cara, mas é só você ser você mesmo(a). Quando sobem ao palco, as pessoas tendem a entrar no modo “executivo”: impostar a voz, incorporar um outro sotaque, cruzar os dedos e falar da forma mais séria possível. Todos acabam buscando um mesmo perfil que consideram ser o apresentador ideal e respeitável. Porém, essa nem sempre é a melhor estratégia, pois assim, você deixa de ser diferente e passa a ser comum. Sendo você mesmo(a), mantendo seu estilo, modo de falar e se portar, você automaticamente está se diferenciando dos demais. Somos indivíduos únicos e bem distintos e sendo você mesmo(a) e explorando suas individualidades a sua apresentação passa a realmente ser a SUA apresentação. A plateia sentirá a sua naturalidade, ficará mais confortável e te escutará como escuta alguém que está conversando com ela, não como um apresentador(a) chato com seus slides. Veja Rita Lee por exemplo, existe uma pessoa que consegue chocar mais somente por ser ela mesma? A autenticidade chama a atenção, por mais que você se ache comum e não tenha a extravagância da Rita, ser natural ao subir ao palco, independente da sua personalidade, já é uma enorme vantagem.
Nem sempre as coisas vão dar certo. Isso é um fato. Erros vão acontecer, seja por culpa sua, ou de outras pessoas, em algum momento a sua apresentação vai apresentar falhas. Dito isso e sabendo que contratempos são inevitáveis, temos que decidir como vamos nos posicionar diante disso. Chorar e desistir ou aprender com os erros e evoluir. Digo isso porque falar em público é um dos maiores medos que as pessoas têm, e na primeira má experiência muitos já se dizem traumatizados e nunca mais querem pisar num palco novamente. A diferença entre aqueles que se tornam grandes apresentadores daqueles que não sabem se apresentar é conseguir aprender, evoluir e saber lidar com os contratempos que aparecem durante a apresentação. Uma grande prova de que nem sempre as coisas saem do jeito que a gente quer é a Maria Bethânia. Quando menor, a nossa Bethânia queria ser atriz. E foi justamente fazendo uma peça, na qual ela tinha que cantar, que Nara Leão (grande nome da MPB da época) conheceu Maria e a chamou para substitui-la em um espetáculo, no qual Maria também teria que cantar. Aceitando o convite, Maria Bethânia chamou a atenção do público e da crítica. Logo depois já recebeu uma proposta de emprego em uma gravadora e a partir daí Maria Bethânia seguiu carreira de cantora. OK, eu sei que não foi bem um “erro” cometido por Bethânia que a levou a isso. Mas o que eu quero dizer é que temos que estar abertos a possibilidades e que as vezes, só percebemos essas novas possibilidades quando somos criticados, ou quando percebemos os erros que estamos cometendo. Temos então uma oportunidade de evoluir com isso, ou desistir.
Você pode gostar tanto da nossa ovelha negra Rita Lee, com suas letras mais ácidas, ou da romântica Maria Bethânia, mas o importante era aprender algo sobre apresentações com elas. E acho que hoje essa missão foi cumprida, seja com o gostinho de MPB, de rock ou de tropicália, todos eles combinam com ótimas apresentações.