Um dos maiores desafios de empreender é administrar as incertezas em relação ao sucesso do negócio. Acredito que esse é um dos fatores que explicam o grande crescimento do setor de franchising no Brasil nos últimos 11 anos. Em 2001, o faturamento do setor era de 25 bilhões de reais, já em 2012 esse número passou para aproximadamente 101 bilhões, conforme dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising). A participação das mulheres frente a essas franquias também vem crescendo de acordo com estudos da Rizzo Franchise, passando de 46% de representatividade (em 2009) para 48% (em 2011).
A principal vantagem em se adquirir uma franquia não é apenas o peso da marca e o plano de negócios já estabelecido, mas sim a experiência “know how” que a franqueadora possui. Esse é um ponto chave que deve ser analisado para evitar frustrações após a aquisição da franquia, isso porque, não há nenhuma restrição legal que impeça que negócios não testados, por um período mínimo de tempo, sejam franqueados. Eu mesma adquiri uma franquia cujo modelo de negócios existia a menos de 1 ano, mas comprei sabendo do risco e apostando na ideia.
Outro ponto importante a destacar é que uma franquia não é diferente de outros modelos de negócios somente na regulamentação e no “know how”. Na minha pequena trajetória pelo franchising, percebi que muitos candidatos a franqueados querem empreender em uma franquia pensando na ideia de não terem mais chefe, o que ocorre na forma, mas não na essência, isso porque, de certa forma, a franqueadora desempenha esse papel quando determina os padrões a serem seguidos.
Vale lembrar que existe a Lei de Franchising 8.955/94, onde uma das principais considerações é sobre a COF (Circular de Oferta de Franquia), documento que deve ser apresentado pela franqueadora ao franqueado fornecendo informações comerciais, financeiras e jurídicas sobre a franquia e a franqueadora. A não apresentação da COF implica em penalidades previstas na Lei.
Dentre tantas dicas e informações que permeiam o Franchising, tenho como uma “máxima”, no direcionamento do meu negócio, o seguinte: quem faz a diferença e determina o sucesso da franquia é o franqueado, e não a franqueadora diretamente, ela é apenas a diretriz. Talvez essa máxima seja o que tenha me rendido o convite para participar desse time fantástico que é o Empreendedorismo Rosa. O desafio está lançado, vamos mostrar a força das mulheres no Franchising Brasil.
Thamires Freitas de Almeida é Bacharel em Ciências Contábeis, ex-auditora contábil de uma multinacional, proprietária e administradora da empresa STOT do Brasil, detém uma franquia da Multicanalidade ligada a holding SMZTO Participações. Conselheira do Conselho da Mulher Executiva – CME e do Conselho de Jovens Empresários – CJE da Associação Comercial do Paraná – ACP. Sócia fundadora do Interact Clube Cachoeirinha – RS, grupo de jovens ligado ao Rotary Clube, atuou por 3 anos sendo presidente na gestão 2008/2009.
Nenhum comentário “Dicas para quem quer empreender no franchising”
Parabéns pela matéria, é isso mesmo!
Trabalho há mais de 35 anos no mercado de locação de veículos e já há mais de 10 anos que este mercado esta crescendo com o ingresso das mulheres, principalmente como empresárias e lideres em seus negócios.
Na minha opinião a mulher se destaca principalmente em setores da prestação de serviços e ao atendimento direto aos clientes.
Errol Cajetan Albuquerque
Olá Errol!
Agradecemos o seu carinho e participação.
Abraço Rosa de nossa equipe!
Que bom que gostou Errol!
Concordo com você sobre o destaque das mulheres no setor de prestação de serviço, as mulheres tem uma atenção e cuidado especial com clientes o que ajuda muito a conquistar um diferencial nos seus serviços.