Desde o mês passado, tenho trabalhado em novo projeto para o site It Mãe, do qual sou CEO e diretora de conteúdo. Tenho feito uma série de entrevistas com mulheres que são mães e têm uma linda carreira. A pergunta-chave do projeto é: “Como você consegue?”. Abre parênteses: eu me inspirei no filme “Não sei como ela consegue”, estrelado por Sarah Jessica Parker, que faz o papel de profissional bem-sucedida e competente, mãe de dois pequenos, que vive se sentindo culpada por não estar tão presente na rotina deles e da família. Fecha parênteses.
Tenho reunido essas mães em grupos que têm em comum uma mesma solução para o nosso conhecido dilema: como conciliar carreira e maternidade.
A primeira solução que quero compartilhar com você aqui é a de mulheres que conseguem o sonho de muitas mães: levar o filho para o trabalho. Não, elas não sofrem aquele clássico dilema pós licença-maternidade: “babá, berçário ou casa da avó?”. Simplesmente pegam o filhote, põem na cadeirinha do carro e levam o pequeno para trabalhar com elas.
Como elas conseguem? Três das minhas entrevistadas partiram para o empreendedorismo. Não dá para negar que a flexibilidade de ter um negócio próprio ajuda em alguns momentos (apesar de não garantir uma rotina tranquila, não é mesmo?). Uma delas apostou em uma microfranquia de reforço escolar. No espaço da escola, ela tem espaço para seus filhos, que podem não apenas brincar como também estudar. Outras duas mães, que são sócias, criaram um novo modelo de negócio, focadas na necessidade que elas mesmas sentiam de ter um lugar para poder brincar e passear com seu filho. Inspiradas em modelos de play spaces, comuns na Europa e nos Estados Unidos, montaram sua nova empreitada em São Paulo. Como se trata de um lugar para brincar, nada mais natural que seus filhos sejam bem-vindos ali. A última mãe entrevistada é uma daquelas sortudas que trabalham em uma empresa amiga das mulheres. Ela pode contar com um berçário para o seu bebê, dentro da organização. E o melhor, a poucos passos de sua mesa de trabalho. Ganha ela e ganha a empresa, que tem uma colaboradora focada e motivada, certa de que suas necessidades como mãe são respeitadas. Ganha também o bebê, que pode ter o colo da mamãe nos intervalos do trabalho.
Obviamente essas mulheres não passam o dia inteiro mimando a cria. Elas sabem que o fato de poder ter o filho ali por perto é mão na roda, mas a prioridade no espaço de trabalho é trabalhar. Então, elas tiram proveito do super benefício de ter a cria por perto para dar tudo de si em seu negócio ou na empresa. Todas me disseram que não têm tempo para refação. Então, focam na excelência para acertar de primeira. Cada vez mais comprovo, com cases e mais cases, que a produtividade da mulher só aumenta depois que ela vira mãe. E quanto mais satisfeita estivermos com a configuração de vida que escolhemos (conseguindo um certo equilíbrio em nossos múltiplos papéis), vamos conseguir chegar mais rápido aos nossos objetivos de sucesso.
Um beijo,
Daniela Folloni é jornalista, especialista em comportamento feminino. Trabalhou nas revistas Vogue, Casa Vogue, Nova Cosmopolitan, Claudia e Claudia Bebê. É criadora e diretora de conteúdo do site It Mãe, palestrante e colunista da seção Mães e Trabalho da revista Crescer. Daniela também é mãe de Isabela, 4 anos, e Felipe, 2 anos.
2 pensamentos em “Elas levam o filho para o trabalho!”
Super legal, incentivo muito! Eu trouxe a minha p/ trabalho dos 3 aos 7 meses. Depois ela começou a querer a atenção do escritório inteiro e ficou difícil produzir, rs. Mas ela é suuper bem vinda aqui sempre 😉 Mas facilitou a fato de eu ter minha própria empresa.
Estou produzindo um trabalho relacionado a esse assunto para um projeto da faculdade de publicidade. O dilema que as mães passam ao ter que voltar da licença maternidade… Achei o máximo o conteúdo da página e estamos buscando empresas que deixam as mães levarem os filhos para os trabalho, vocês podem fornecer o nome da empresa que possui o berçário ou pelo menos a localidade? Ajudaria bastante no conteúdo do nosso projeto! Agradeço desde já a atenção e ajuda.
Att,
Vivian de Oliveira