O convidado de nossa coluna Elas por Eles de hoje é Eduardo Gusmão. Graduando em Química Industrial pela UFPE, Técnico em Química pelo IFPE, Criador e Coordenador geral do Projeto de Extensão e Pesquisa RECóleo UFPE, Embaixador do Movimento CHOICE de Negócios Sociais, Gangster do Movimento MakeSense para empreendedores sociais, Capitão em Pernambuco do Projeto Imagina na Copa, Diretor de Arte e Editor do Canal Plano Real no Youtube.com.
Mulheres protagonistas
Acredito em empreendedorismo como uma ferramenta de transformação social que, da mesma forma que qualquer outra ferramenta poderosa, pode ser mal usada (busca do lucro sobre qualquer custo, seja humano, ambiental ou ético – grandes corporações), ou muito bem usada (como geração de riqueza, emprego, desenvolvimento, aquecimento econômico e impacto social positivo). Acredito também que esta ferramenta deve ser utilizada intensivamente pela população, principalmente no que diz respeito ao seu principio básico: iniciativa.
Aqueles que utilizam esse princípio passam a desenvolver um comportamento característico de um empreendedor: possuem atitude, energia, garra, visão, confiança e vontade. Do meu ponto de vista, são características profundamente enraizadas no comportamento feminino e que dão a elas, um potencial absurdo para irem muito além que qualquer homem. Isso fica muito evidenciado quando observamos o tamanho da presença feminina nos eventos sobre empreendedorismo que supera, e muito, o público masculino; ou quando sentimos a presença e a força da figura da mulher empreendedora.
Entretanto, apesar de tanta fertilidade para executar magnificamente projetos ousados, lucrativos e impactantes, vejo o mercado lotado de homens. Existe um contrassenso quando uma plateia de um evento majoritariamente composta de mulheres está preparada para assistir uma banca de palestrantes majoritariamente masculina.
Tenho 23 anos e um envolvimento intenso em eventos e redes de jovens transformadores através do empreendedorismo e não entendo o porquê de termos tantas mulheres interessadas em empreendedorismo, mas tão poucas empreendendo de fato. Para onde vai o público feminino tão presente nos eventos de empreendedorismo? A capacidade e o princípio já estão no DNA e na natureza mais interna e primitiva e as ferramentas estão sendo largamente oferecidas e igualmente consumidas. Resta-nos agora, equilibrar as proporções e incentivar mais e mais jovens amantes do empreendedorismo a agir.