Se existe uma história que só você pode contar, então você tem que escrevê-la.
O valor de uma boa citação é inestimável. Quando cai na hora certa, é como se virasse uma chave qualquer na cabeça da gente e – click! – temos a motivação (ou o consolo) de que precisávamos. Dia desses, li uma declaração de Toni Morrison, afro-americana que ganhou o Nobel de Literatura em 1993, aos 62 anos de idade, que caiu como luva:
“Se existe um livro que você quer ler, mas ele ainda não foi escrito, então você tem que escrevê-lo.”
É um conselho empreendedor e tanto. Veja que ele fala de oportunidade (há um livro que ninguém ainda escreveu), de motivação (você quer ler este livro), e de meta (você deve escrevê-lo).
Escrever é o sonho secreto de muitas mulheres, mas quantas desculpas pomos para não começar? A mais comum é o ideal de perfeição, justificativas plausíveis como “não vou escrever porque não sei se a ideia é suficientemente boa”. Mas vamos concordar que são justificativas pouco úteis também. Pouco úteis, sobretudo, para sua realização pessoal.
O fato simples sobre publicar um livro é este: escreva-o. Não se preocupe se será um best-seller ou se muitos já escreveram sobre a ideia. O recado de Toni é bem direto: quando tiver certeza de que ninguém mais pode contar uma história como você a contaria, escreva-a.
Giovanna Lima, por exemplo, andava por Curitiba olhando postes, muros e objetos de construção largados pela cidade, e pensou que ali tinha uma poesia que ninguém mais enxergava. Então começou espalhar neles seus escritos. Hoje sua página tem mais de 4,5 mil fãs e ela descobriu um público grande que nem sabia que existia.
Mas mesmo que, no final, somente você seja fã da história que contou, qual o problema? Você terá sido autêntica com a fã mais importante que existe: si própria.