Em um dos clubes sociais mais tradicionais de São Paulo, fundado em 18 de dezembro de 1958, com o objetivo de congregar a elite dos homens de negócios de São Paulo, aconteceu, no Nacional Club, a 2ª. Edição da Casa TPM. A limpidez dos lustres, a beleza dos mármores, a criatividade na decoração de cada ambiente deram o colorido especial, juntamente com a elegância das discussões temáticas.
Mulheres e homens lotaram a plateia, durante o final de semana, atraídos pelos painéis sobre trabalho, corpo, bullying, nu masculino, relacionamento, política, estilo, cinema, feminismo, urgência e sexo. Foram dois dias de debates descontraídos, outros um pouco mais inflamados, mas todos com um conteúdo que incitava a reflexão acerca das possibilidades da mulher. Veja algumas frases sobre os temas contemplados:
Política:
“O impacto na autoestima da mulher brasileira levou a uma fragilização que faz com que a mulher não saia da sua individualidade pra pensar em coletivo. Enquanto não tivermos mulheres brasileiras que possam ir ao Congresso Nacional e fazer o papel saneador, nós vamos continuar com a situação política que temos. A barreira é econômica.” (Mary del Priore, historiadora).
Relacionamento:
“Cada um chega ao casamento com as suas próprias ideias. Antes o chefe de família era o homem, hoje os dois são sócios”. (Luiz Alberto Hanns, psicanalista ).
Trabalho:
“A mulher bem resolvida é atraente. A liberdade financeira te dá liberdade de escolhas”.
“Precisamos mudar o verbo ‘ajudar’. Enquanto quisermos que os homens nos ‘ajudem’ em casa, nunca teremos parceiros para dividir, e não ajudar.
(Miriam Goldenberg, antropóloga)
Maternidade:
“A maternidade mexe muito com a nossa identidade. Foi difícil me reencontrar depois que minha filha nasceu. É muito natural ter pessoas que não estão dispostas a passar por isso. Você não é menos mulher porque você não é mãe.” (Patricia Koslinski, jornalista).
Cinema:
“A chance das meninas encontrarem um Homer Simpson é muito maior do que encontrar um príncipe encantado”. ( Ricardo Calil, diretor de núcleo da Trip e crítico de cinema).
Moda:
“O problema é a imposição. O ‘must have’. O ‘invista nisso, aposte naquilo’. Vamos nos gostar mais quando paramos de perseguir o padrão de beleza e de consumo que não existe e é vendido pelas revistas e internet o tempo todo.” ( Cris Zanetti, estilista).
Corpo:
“Fazer o que eu amo reflete na minha beleza” (Maya Gabeira,surfista).
Urgência:
“Recomendação boa de saúde é aquela que você consegue seguir”. (Mariana Perroni, médica).
No site da Revista Tpm , você pode conferir os vídeos dos debates. O Empreendedorismo Rosa parabeniza a revista pela organização do evento e iniciativa em gerar este espaço para que as mulheres possam pensar sobre o universo feminino, infinito e em expansão.
E para concluir, mais um pensamento:
“A mulher brasileira hoje quer ser independente, não abre mão de ser mãe, ela quer ter um marido e quer isso e ainda quer ser magra, que é fundamental. Se você for tudo isso e não for magra…esquece! A mulher brasileira é uma mulher de somas, ela tem mais escolhas, mas não é tão livre. Porque ela quer tudo e um pouco mais. É difícil ser livre quando se quer tudo, você acaba sendo prisioneira da suas escolhas.” (Miriam Goldenberg, antropóloga).
E, então, você é livre?
Aline Caldas é Fonoaudióloga com especialização em Linguagem e Mestre em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco. Criadora do blog Semear-te , que tem como intuito favorecer o bem estar, a expansão da consciência e crescimento pessoal dos leitores. Revisora de textos (freelancer) e Gerente responsável pelas Redes Sociais Facebook e Twitter do Empreendedorismo Rosa.
Um pensamento em “Empreendedorismo Rosa na Casa TPM”
A mulher precisa tentar quebrar as ditaduras impostas pela sociedade emergente, abstrata, superficial e consumista. O verbo a ser conjugado com o companheiro é compartilhar. Mudanças de atitudes que refletem em qualidade de vida! Excelente matéria! Parabéns, minha amiga!