Por Joyce Moysés
Fiz aniversário há poucos dias. Digo que fiz cinquentinha, com energia de trintinha, mas experiência de cinquentinha mesmo. Eu estou naquela categoria de pessoas que empreendem na metade da vida, depois que fizeram carreira corporativa. No meu caso, trabalhei por 25 anos nas revistas Claudia e Nova, até que ”peguei meu banquinho, saí de fininho” e decidi passar de sócia do meu marido só no papel (da nossa empresa de produção de conteúdo) a sócia atuante. Prospecto, arregaço as mangas, entrevisto, escrevo conteúdos, vendo projetos, divulgo nossos serviços, negocio preços (essa, para mim, é a parte mais difícil de empreender).
Segundo o Sebrae, só aumenta o número de mulheres que decidem empreender na faixa dos 50 anos. Sou uma delas. E sabe do que mais? O grande presente dessa faixa etária tem nome: liberdade. Depois de encarar tantas obrigações e auxiliar com afinco aqueles ao redor, agora as mulheres de 50 decidiram que vão priorizar as próprias vontades, tocar projetos seus, cultivar amizades, ter mais prazeres na vida.
A antropóloga Mirian Goldenberg me disse que, segundo suas pesquisas, esse é o melhor momento da vida, o mais feliz. Confio nela especialmente depois que escreveu o livro Coroas e criou o Manifesto das Coroas Poderosas: aquelas que não se atormentam com rugas, celulites, quilos a mais; e estão se divertindo com a liberdade que conquistaram graças à maturidade, junto com segurança, charme, sucesso, reconhecimento, respeito, independência e muito mais.
“Trata-se de uma revolução feminina que equivale a quando descobriram que a Terra girava em torno do Sol, e não o contrário”, compara Mirian, reforçando que, nesse caso, as mulheres passam aos 50 anos a girar em torno delas próprias. A vida inteira da mulher é um acontecimento, cheia de marcos, como a da menstruação, do casamento, da maternidade, da menopausa. E ela enfrenta várias crises, sendo que a dos 40, quando faz um balanço do que conquistou e do que não, costuma ser mais difícil que a da década seguinte, em que passa a sofrer menos com as perdas na aparência, por exemplo. Se tiver um negócio para tocar e alguém para tocá-la nos lugares certos, ainda melhor!
Dar gás a um negócio próprio foi o caminho que escolhi para trilhar dos 50 aos 100 anos. Como ele exige muita vitalidade, pedi a uma nutricionista que me desse dicas para ter uma dieta adequada a esse momento histórico. Veja o que ela me orientou:
. Ingerir de 2 a 3 litros de água por dia garante o bom funcionamento de todas as funções do organismo e faz bem à pele.
. Frutas vermelhas são fontes de antocianinas, ricas em vitamina C, fundamental para a formação do colágeno que dá firmeza à pele. Também contêm ácido elágico, que deixa a pele bonita e saudável.
. Comer a cada três horas evita a compulsão alimentar, acelera o metabolismo, auxilia na perda de peso. Prefira frutas, como maça, pêra, banana, uva ou castanhas ou frutas secas.
. Preparar peixes no mínimo duas vezes por semana. Os que são fontes de ômega 3 (salmão, sardinha, cavalinha) auxiliam na boa saúde mental, diminuem os níveis de triglicerídeos e previnem doenças cardiovasculares.
. 1 copo de suco de uva roxa ao dia oferece boa quantidade de um potente antioxidante que reduz o envelhecimento precoce da pele e protege o organismo contra doenças cardiovasculares.
. Linhaça e soja possuem atividade estrogênica. E essa semelhança ao estrogênio garante atividade antioxidante, protege contra osteoporose e previne sintomas da menopausa.
E vamos lá, mulheres de 50, rumo aos 100 anos!