Minha vida de empreendedora começou por acaso. Eu não tinha planejado abrir um negócio, mas de repente surgiu uma oportunidade. Mineira de Belo Horizonte, eu havia me mudado para Curitiba a convite da empresa onde trabalhava. Um ano depois, a mesma empresa me propôs terceirizar o departamento que eu gerenciava. Do salário fixo, aluguel e despesas de viagem pagas pela empresa, de repente me vi frente à oportunidade de iniciar meu próprio negócio, sem as mesmas garantias. Apaixonada pelo que eu fazia, aceitei o desafio. Fundei a BE – Brazilian Experience.
Empreender longe de casa não foi fácil. Assumir o risco de iniciar um negócio, sem a segurança do apoio da família e com pouco networking na cidade, foi um desafio. Comecei a empresa trabalhando home office, pois o negócio não exigia uma estrutura física e tampouco uma equipe maior. Sem saber, eu estava colocando em prática o conceito de bootstrapping. Como eu já tinha know how e parcerias, comecei o negócio sem grandes volumes de investimento.
Porém, trabalhar home office tem lá seus pontos negativos, nos isolamos do mundo e é preciso ter muita disciplina. Além disso, quando estamos em um novo local ou momento, nossa tendência é comparar as duas realidades. Como era na outra cidade, como era a vida de assalariada… E a verdade é que essas comparações não ajudam em nada.
Como eu trabalho com intercâmbio cultural, eu sempre soube que as confrontações melhor x pior não facilitam a adaptação. Tive então que agir como minha própria conselheira e me automotivar. Nessa área, dizemos que não há país ou cultura melhor, são povos com hábitos e costumes diferentes. Então, com freqüência, eu pensava: “que conselho eu daria para alguém nessa situação”? Começar um novo curso, uma academia, é muito importante criarmos uma rede de contatos e uma rotina que facilite nossa adaptação.
Em 2010, tive a maravilhosa oportunidade de participar do programa 10.000 Mulheres em Belo Horizonte, ministrado pela FDC (Fundação Dom Cabral). Sempre tive o sonho de estudar na FDC, por reconhecer sua excelência. Foi um maravilhoso presente da vida, que me propiciou ferramentas e maior autoconfiança para gerir minha empresa. Em 2012 a Brazilian Experience cresceu mais de 90% no faturamento.
Além de todo o conhecimento adquirido com os professores, eu aprendia e me fortalecia a cada encontro com minhas colegas empreendedoras, que vivenciavam dúvidas, medos e desafios semelhantes ao que eu enfrentava.
A lição de toda essa trajetória é que é importante encarar cada pedra no caminho como um aprendizado. Ao vencer os obstáculos nos tornamos mais fortes. É preciso concentrar-se nos pontos positivos e acreditar no nosso sonho. A determinação e dedicação serão os diferenciais que nos levarão ao sucesso.
Rafaela Rolim é fundadora e diretora da BE – Brazilian Experience. Graduada em Gestão de Turismo e Hotelaria, especializou-se em Gestão Cultural e Empreendedorismo pela Fundação Dom Cabral, através do projeto “10.000 Women” do banco Goldman Sachs. Ministra cursos na área de turismo para capacitação de profissionais em qualidade e atendimento. Rafaela é apaixonada pela troca cultural, tendo residido nos EUA, França e Espanha e visitado mais de 20 países.
Nenhum comentário “Empreendendo “longe de casa””
Rafa você é uma linda! Amiga e empreendedora de verdade. $uce$$o sempre.
Parabéns filha. Ética… Sucesso… Sucesso…
Sua história motiva e faz acreditar! Parabéns e Sucesso sempre !!
Rafa, tenho muito orgulhoso você. O sucesso da BE é fruto de todo seu esforço e auto-confiança. Que a BE cresça mais 90% a cada ano. Bjo
Parabéns Rafa e cada vez mais sucesso! Bjus
Parabéns Rafa, você merece este sucesso!!!