A partir de hoje, todas as 5a feiras, trarei a pauta ESG para o blog.
Uma temática tão importante e não apenas um modismo ou tendência, do qual venho estudando de forma direcionada e apoiando iniciativas que fortaleçam principlamente as mulheres e suas VOZES no tema. E foi pensando nisso que convidei a idealizadora e autora do E-BOOK ” Vozes Femininas na Sustentabilidade”, Daniele Ciotta a postarmos os textos escritos por tantas vozes femininas aqui neste espaço.
E trago para abrir os trabalhos, o meu texto com o tema: “ESG e empoderamento feminino: o papel das empresas na promoção da igualdade e equidade de gênero ” .
“Ao ver a chamada de Daniele Ciotta no LinkedIn com o convite para participar deste projeto do e-book sobre temas inerentes ao ESG com foco na Sustentabilidade, escolhi imediatamente o tema que é norte e propósito de minha vida: Igualdade e Equidade de Gênero.
Nos últimos anos, a relevância do ESG no mundo empresarial tem crescido significativamente. Isso se deve também a uma maior conscientização sobre questões sociais, como diversidade e inclusão.
Mas aonde o empoderamento feminino entra neste S do ESG? Ele é fundamental para a promoção da igualdade de gênero e para o desenvolvimento sustentável. Mulheres empoderadas têm mais oportunidades de participar ativamente na economia, na política e na sociedade em geral, o que contribui para o crescimento econômico, a redução da pobreza e a promoção da paz e da estabilidade.
Em termos ambientais, as mulheres desempenham um papel crucial na gestão sustentável dos recursos naturais, muitas vezes sendo as principais responsáveis pela produção de alimentos e pela gestão da água e da energia em comunidades rurais. E, do ponto de vista social, a promoção do empoderamento feminino está alinhada com os princípios de inclusão e diversidade, fundamentais para a construção de sociedades mais justas e equitativas. Além disso, a participação das mulheres em todos os níveis de uma organização pode melhorar a governança e a tomada de decisão, contribuindo para a sustentabilidade e o sucesso a longo prazo da empresa.
Portanto, o empoderamento feminino não é apenas uma questão de direitos humanos e justiça social, mas também uma estratégia inteligente do ponto de vista empresarial, alinhada com os princípios de ESG e capaz de gerar impactos positivos tanto para as empresas quanto para a sociedade como um todo.
Políticas de inclusão, diversidade e igualdade de oportunidades desempenham um papel crucial no empoderamento feminino. E trago aqui, a partir de minhas escutas dentro das corporações, algumas formas pelas quais essas políticas podem promover o empoderamento feminino levando mais mulheres a cargos decisórios:
1. Oportunidades de emprego e avanço na carreira: Garantem que as mulheres tenham acesso às mesmas oportunidades de emprego e avanço na carreira que os homens. Isso inclui políticas de recrutamento e seleção justas, avaliação de desempenho imparcial e promoção com base no mérito.
2. Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: Horários flexíveis, licença-maternidade e paternidade, e creches no local de trabalho, podem ajudar as mulheres a conciliarem suas responsabilidades profissionais e familiares, permitindo-lhes avançar em suas carreiras.
3. Cultura organizacional inclusiva: Promover um ambiente de trabalho onde as mulheres se sintam valorizadas e respeitadas. Isso aumenta a confiança das mulheres e as motiva a contribuir de forma mais significativa para a organização.
4. Liderança e mentoria: Programas de mentoria e desenvolvimento de liderança específicos para mulheres estimulam o desenvolvimento de habilidades de liderança e aumentam a representação das mulheres em cargos de liderança, promovendo o empoderamento feminino dentro das organizações.
Mas, sabemos que assim como temos vantagens, os desafios também se apresentam na implementação de práticas no S do ESG com foco no empoderamento feminino.
Dentre elas, a viabilização de investimentos, mudança cultural, integração com estratégias de negócios, mensuração e divulgação de impacto e diversidade de contextos. E para superar esses desafios, se requer um compromisso firme por parte da liderança da empresa, bem como a colaboração de todos os níveis da organização.
Afirmo que a Sinergia (olhe mais um S aqui) entre ESG e empoderamento feminino são práticas que estão interligadas e se reforçam mutuamente. Portanto, incentivo as empresas a verem o empoderamento feminino e outras práticas inclusivas e sustentáveis não apenas como um dever moral, mas também como uma oportunidade estratégica para impulsionar o sucesso e a sustentabilidade de seus negócios a longo prazo.
E como diz bell Hooks em seu livro “Pertencimento: uma cultura do lugar”: “Precisamos homenagear o passado como um ponto de partida para que revisemos e renovemos nosso compromisso com o presente, com a criação de um mundo no qual todas as pessoas possam viver de forma plena e satisfatória, no qual todos tenham a sensação de pertencimento.”
Não adiantará “modernizar” o ESG se sua essência se perder nas ações realizadas dentro das corporações. O S ligado ao Empoderamento Feminino precisa ter a clareza do pertencimento, para ser, de fato, sustentável.”
Signatária da ONU Mulheres – WEP’s (Women’s Empowerment Principles)