Estudos, fóruns de discussão e reportagens mostram as conquistas e evolução dos empreendedores nos últimos anos e suas características mais marcantes como inovação, dedicação, persistência, coragem para assumir riscos, paixão pelo que faz, entre outras. Porém, será que essas são características exclusivas dos empreendedores? Só é possível exercê-las com a criação de uma nova empresa?
O conceito do ‘intraempreendedor’ surgiu, em 1978, para designar os executivos que assumiam o papel de agentes de mudanças e promoviam criatividade e inovação dentro das empresas. As organizações sabem que devem inovar constantemente para se manterem competitivas no mercado e, por isso, funcionários com características empreendedoras são valorizados e possuem maiores possibilidades de crescimento.
É claro que algumas organizações estão mais preparadas para captar, desenvolver e motivar esses talentos do que outras. Há empresas, por exemplo, que incentivam seus funcionários a dedicarem de 10 a 20% de seu tempo de trabalho em novos projetos, fora do escopo de suas funções. Outras, mesmo sem um programa estruturado, ainda possuem espaço para inovação. Cabe a nós, intraempreendedoras, enxergarmos oportunidades onde os outros não veem, utilizarmos os recursos disponíveis a nosso favor e construirmos uma boa equipe de trabalho.
Para quem deseja seguir uma carreira tradicional, mas ainda assim deixar sua marca, não se preocupe. Encontrando a empresa correta, que valorize e incentive seu espírito empreendedor, há muito espaço para desenvolvimento.
Bruna Villas Boas Diehl é formada em Comunicação Social pela ESPM-SP, pós-graduada em Administração Estratégica pela FIA-USP e atua na área de marketing de uma multinacional. Em 2012, lançou o livro Elas Empreendedoras, com ampla pesquisa sobre empreendedorismo feminino e 20 casos de empresárias brasileiras.