Por Kátia Nascimento
Estive em uma Oficina de Audiodescrição, em Porto Alegre, que além de recarregar as energias, pois lá reside meu filho e alguns amigos eternos, tive o prazer inigualável de conhecer o trabalho de duas pessoas maravilhosas: Kemi Oshiro e Mimi Aragón. Essas duas mulheres, podeROSAS como nós, desistiram de suas carreiras como jornalista e publicitária, para se dedicarem a fazer audiodescrição a pessoas com deficiência visual.
Elas descobriram este nicho pelo convívio e a percepção da necessidade de dar visão a quem não tem. Trabalho árduo. Elas simplesmente descrevem, ou audiodescrevem, tudo que os cegos, e quem têm baixa-visão, precisam. Olhem a lista: teatros, filmes, casamentos, partos, ufa! É muita coisa, muito trabalho mesmo!
Imaginem como se dá a descrição de um casamento, com todos aqueles detalhes? Ou uma peça de teatro, uma ópera? É uma atividade riquíssima e de extrema importância.
Agora, deixando de lado a virtuosidade do ofício, pensemos no direito da pessoa com deficiência visual à audiodescrição. Afora a obrigatoriedade, o fato é que qualquer pessoa tem direito ao acesso aos meios de comunicação, ou à cultura. Assim que, a acessibilidade é para todos. Como essa acessibilidade será feita é compromisso de todos. No momento, é de quem tem consciência que, permitir ao outro fazer parte da sociedade, é aumentar as chances de muitas camadas excluídas por falta de acesso adentrar ao mundo da comunicação, cultura, educação, etc.
A inclusão social é para todos: para os cegos, surdos, negros, mulheres, anões, cadeirantes, etc, e todos precisamos de acessibilidade, seja ela de que âmbito for. Como bem disse Mimi Aragón, na Oficina de Audiodescrição: “Não existem pessoas deficientes, o que existe é o meio deficiente para determinado tipo de pessoa.”
Assimilei essa frase, pois, para mim, parece que se encaixa em tudo. Afinal, somos pessoas diferentes umas das outras e todos precisamos de certa acessibilidade. Basta pensar e correr atrás da nossa.
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