“Prefiro viver de pão preto e vodca e sentir-me livre, a gozar as delícias da vida americana sabendo-me prisioneira.” Assim era Isadora Duncan, que causou escândalo em sua época ao trocar os Estados Unidos pela União Soviética.
Isadora tinha como característica, em sua arte, dançar de pés descalços vestindo apenas coloridas túnicas de seda, o que causava escândalo entre a conservadora mentalidade da época.
Visando realçar a emoção do dançarino, valorizou os movimentos espontâneos, mas não ausentes de técnica. Para aperfeiçoar seu balé, se entregou a estudos aprofundados sobre a origem da dança e suas diversas expressões em diferentes culturas. Tais estudos resultaram em uma série de textos e ensaios teóricos sobre a dança, o papel da cultura e a vinculação com seu trabalho. “Desde o início sempre dancei minha vida”, disse ela, certa vez, demonstrando a maneira particular como encarava a sua arte.
A bailarina promoveu uma reviravolta não só na dança como também nos costumes e seu espírito livre tornou-se símbolo da independência feminina.
Fundou em 1904 sua primeira escola de dança, em Grunewald, na Alemanha, dirigida por sua irmã Elizabeth. Isadora dava preferência para meninas pobres e cuidava de suas necessidades materiais e físicas, além do ensino acadêmico tradicional. Estas meninas eram conhecidas como “Les Isadorables”, algo como “As Isadoráveis”, que demonstra o carinho que ela tinha pelas crianças.
Desde o início da carreira, Isadora sempre pensou investir seus ganhos na educação de jovens, aperfeiçoando novos talentos.
Em homenagem à bailarina, foi criada em 1979, a Isadora Duncan Dance Foundation, em Nova Iorque. Os arquivos pessoais de Isadora Duncan estão atualmente no Lincoln Center, também em Nova Iorque.