Por Priscila Tescaro
Iniciou a jornada empreendedora e está em busca de inspiração? Ou está trilhando o caminho do planejamento e quer aprender com os erros e os acertos dos outros? Então, sua leitura neste início de ano é, sem dúvida alguma, o livro #VQD – Vai Que Dá. Dez histórias de empreendedores que transformaram sonhos grandes em negócios de alto impacto. Lançado no final de 2014, o livro traz relatos inspiradores de empreendedores que deram certo (até o momento) e como suas experiências podem auxiliar quem está no mesmo barco.
“Ver as pessoas crescerem comigo é meu maior prazer como empreendedor. É o que me faz feliz”, Pedro Chiamulera, um dos sócios da empresa Clearsale.
E você, o que te faz feliz na jornada empreendedora? Essa é a pergunta que devemos responder todos os dias ao sair da cama para encarar um dia que pode ter altos e baixos em questão de minutos.
Sim, empreender no Brasil é uma tarefa hercúlea e o livro conta, nos relatos capturados pelo jornalista Joaquim Castanheira, que organizou o conteúdo, histórias de sucesso e fracasso. Ou você pensa que todo mundo que está no topo chegou lá por acaso, sem esforço, dedicação e empenho?
Em algumas das histórias relatadas, a empresa surgiu após a falência de outras. Ou porque os pais não conseguiram levar outros empreendimentos adiante. Porém, em todas há situações em comum como: dedicação, empenho, força de vontade, nada de mimimi, uma força que pode ser chamada de “vai lá e faz”, e uma necessidade incrível de fazer dar certo. Por mais que os erros e os tropeços existam (e eles existem para todo mundo!), sempre tem algo para aprender com o que não deu certo e rever o caminho trilhado.
Exemplos sobre a importância do planejamento, a força da comunicação e como traçar as melhores estratégias são as melhores páginas do livro. Dá para aprender a se inspirar sobre como fazer isso ou aquilo dentro da realidade da sua (da minha!) empresa.
Porém, algo me chamou a atenção na leitura: nenhuma, nenhuma história relatada tem uma mulher à frente. Sempre são homens que decidiram empreender e, às mulheres, coube o papel de mãe que incentivaram ou de esposa que apoiaram o marido a não desistir. As histórias encabeçadas por mulheres ainda não ocupam o lugar de destaque que merecem.
Pode ter sido uma falha sem intenção na organização do livro. Ou talvez, porque nós, mulheres, ainda precisamos aprender a comunicar mais e melhor nossas conquistas.