Por Joyce Moysés
Enquanto se preocupam com as férias dos filhos e com o próprio negócio, mães buscam descobrir dias melhores de conciliação entre a maternidade e o trabalho. Também estou nessa e sinto na pele quão desafiador é conciliar esses dois amores. Principalmente hoje, que as empreendedoras trabalham muito ou trabalham muito. Sem enrolação.
Para encaixar a maternidade nas ambições profissionais, mais e mais mulheres saem dos empregos e abrem negócios, o que as pesquisadoras Patrícia Travassos e Ana Cláudia Konichi chamam de segunda revolução feminina. A dupla fez mais de 200 entrevistas que deram origem à série Mães S/A e ao livro Minha Mãe é um Negócio (Editora Saraiva).
Para boa parte da população feminina, o trabalho seduz, encanta, traz realização pessoal e financeira. Tanto que quatro de cada dez famílias são chefiadas por elas, segundo o IBGE. Trata-se de uma relação de amor e ódio que rouba o tempo e a energia numa proporção às vezes absurda. Mulheres são assim: múltiplas, multifuncionais, tentam ocupar todos os espaços, não querem abrir mão de nada.
Ser mãe nunca é fácil e sempre exige renúncias. Quantas noites sem dormir! Ajuda bastante pensar que os filhos crescem, vão dar menos trabalho a cada ano, e você poderá se dedicar mais aos próprios sonhos. No futuro, terá muito orgulho dos adultos que criou, e eles da mãezona guerreira. Além disso, maternidade não é mais obrigação, e, sim, opção. Nas palavras da escritora Martha Medeiros: “Maternidade não é serviço militar obrigatório!”
Para quem planeja ou já encara o desafio de conciliar maternidade com a vida de empreendedora, vale a pena definir quais são seus motivadores de felicidade. Se você estiver segura da sua escolha, seus filhos a assimilarão e terão uma visão positiva do trabalho. Mesmo que, no momento, flagre-se rezando para as férias escolares passarem logo!
Nenhum comentário “Maternidade e carreira”
De fato Joyce, somos vencedoras. Tenho lido muitas mães se culpando por aí e outras bancando a super mãe e com isso deixando as mães “normais” mais angustiadas. Sabe aquela mãe que se diz perfeita nas redes sociais? Não creio em metade do que dizem, ninguém é tão “perfeitinha”. O fato é que não podemos e não devemos neurotizar. Assim, tudo fica mais simples e ainda mais gostoso 😉