Por Rodrigo Gerez ( Artigo do nosso blog parceiro da Maternarum )
Ser mãe empreendedora acarreta em diversos conflitos, dentre eles, um dos protagonistas é a gestão do tempo!
Muitas deixam seus empregos desejando ter mais tempo com seu filho, mas quando percebem, seu negócio já se tornou um filho bastardo que toma mais tempo do que sua ocupação anterior.
Nesse caso, significa que falhei? Não! Não significa! O que faltou foi alinhamento entre o lado mãe e o lado empreendedora.
Assim como o adorável Smigol do ” Senhor dos Anéis“, você precisa se reunir com você mesma, a mãe e a empreendedora e discutir como dividir “o precioso” (com a voz do Smigol) tempo.
Nessa reunião interna, a mãe e a empreendedora deverão negociar suas condições, analisar as prioridades e deveres, de forma que o tempo não se torne um fardo, mas que seja visto como um recurso e conhecendo os limites para ambos os lados.
Em grande parte dos negócios, o tempo investido tem relação direta com seu crescimento e retorno financeiro, e é por isso que o lado empreendedor o disputa tanto.
Não só isso, sempre se exaltam os casos depois do sucesso ou fracasso, fazendo-nos esquecer de considerar o antes e o durante, fator que origina aquela sensação de estar correndo contra o tempo, trazendo à tona aquele sentimento de escassez e até certa angústia.
E é nesse caso que a mãe empreendedora tem que considerar um recurso importantíssimo: A família!
Sim, a família também é um recurso, uma vez que os empreendimentos maternos costumam começar com:
– Pouco planejamento,
– Investimentos que não consideram capital de giro,
– Sem avaliar com precisão o tempo de retorno.
A família é uma carta coringa, pode servir para estar com o filho em um momento que exige concentração, pode ser apoio psicológico quando as coisas não vão como esperado, e claro, como aporte financeiro… Isso tudo para lhe oferecer a serenidade de empreender sem afobação.
A independência e o sucesso são as metas, mas devem ser alcançadas sem o sacrifício da própria maternidade.
Bom, voltando ao assunto… Cada família tem sua dinâmica, e com isso os recursos que ela pode oferecer variam de uma para outra. Cabe à mãe saber utilizá-los da melhor maneira possível em seu acordo bilateral (ou seria unilateral? Rs) com o lado empreendedor.
A formalização desse acordo entre mãe e empreendedora é muito importante, é a forma de tornar palpável o compromisso firmado intimamente, possibilitando relembrar o motivo que a tornou empreendedora e monitorar se o que foi acordado está sendo cumprido.
E onde eu formalizo esse compromisso? No seu plano de negócios!
Isso mesmo, lá você conseguirá gerir os recursos disponíveis, alinhar suas ambições como empreendedora e restrições como mãe, lembrando que:
– Esse acordo pode conter aditivos, se o cenário muda, você não só pode, como deve atualizar seu plano de negócios.
– Reuniões periódicas a lá Smigol com seus dois “Eu”s também devem acontecer, buscando conservar a tranquilidade interna com a manutenção do equilíbrio de mãe e empreendedora.
É o filho bastardo te trazendo novos desafios… Mas como diz o ditado, em coração de mãe sempre cabe mais um!
Nenhum comentário “Meu negócio – meu filho bastardo”
Concordo,coração de mãe é grande como o mundo,não sabemos o fim do infinito!!!