Desde sempre sou criança, e há um ano me tornei uma mãe-criança. Digo isso porque desde que ganhei meu primeiro livrinho de história, por volta dos 4 ou 5 anos de idade, eu me apaixonei pelas ilustrações. Os desenhos me contavam diferentes histórias a cada página folheada, por isso preferia ver os desenhos já que sempre tinha um novo livro, e essa foi a minha primeira paixão.
Morei em Curitiba, por 8 anos, sem meus pais na tentativa de não ser mais criança. Deu certo, cresci e amadureci. Nessa época, trabalhava como coordenadora do departamento de design de uma editora da capital, mas de repente, assim no susto mesmo, surgiu uma criança em meus braços. Entreguei-me de corpo, alma e coração para a maternidade e para essa menininha, e assim nasceu minha segunda paixão. No decorrer da gestação já estava muito angustiada com a ideia de ter que deixá-la, após a licença, num berçário, e meu esposo concordou com que reduzíssemos os custos para que eu ficasse em casa junto de nossa pequena. E assim foi, até seus 11 meses de vida, quando voltamos para Londrina, nossa terra natal.
Ainda na gestação de Valentina, nasceu a ideia de criar o “Coruja Madrinha” dando uma reviravolta em minha vida pessoal e profissional. Sempre quis trabalhar com ilustração, mas nunca tive coragem de mostrar o “meu mundo colorido” para o mundo. Até que Valentina nasceu e o desejo de estar perto dela e vê-la crescer foi tão intenso, que não tive dúvidas na hora de pedir demissão na editora em que trabalhava, para dar cores as minhas ideias junto de Valentina.
Pesquisando na internet como poderia fazer todas essas ideias saírem da cabeça, encontrei o site do Empreendedorismo Rosa, que só fortaleceu minhas decisões ao ler depoimentos de outras mulheres e ver que meus ideais realmente são possíveis. Ilustrar, colorir, amamentar, pausar para soneca e lanche pode ser feito sim, durante o expediente, sem atrapalhar o rendimento profissional e desenvolvimento de minha filha. Pronto, mesmo sem me relacionar com as colunistas e colaboradores do site, elas cumpriram o papel sem saber da existência da minha história e da Coruja Madrinha.
O que eu precisava era de um “empurrãozinho”: “Vai! Anda logo! Você dá conta do recado”. Valentina, eu e a Coruja Madrinha ainda estamos no início dessa caminhada empreendedora, faz quase dois meses que nossa loja virtual foi pro ar na internet. E já posso dizer que trabalho sem preocupação, pois quando minha filha de 1 ano não está em meu colo, ela está ao meu lado brincando com lápis de cor. E digo sem medo que agora sim, eu realmente faço o que amo: ilustrar e ver minha filha crescer.
Paula Emília Kranz, empreendedora materna. Nascida em Londrina, morou oito anos em Curitiba. É mãe da Valentina, e realizadora do Coruja Madrinha.
7 pensamentos em “Minha história: Paula Emília Kranz”
Muito lindo seu texto e sua história! Parabéns!
Obrigada Fernanda, fico feliz que tenha gostado.
Sucesso Paula, você merece tudo de bom!!!
Obrigada Carla querida… 🙂
Olá Paula! Sua história é muito inspiradora para mim. Saí do emprego a quase um ano e tento ter sucesso agora com uma loja virtual, para poder ter essa possibilidade de ter um filho e poder cuidar dele da forma como eu acho que seria ideal. Assim como você está podendo cuidar da sua menina. Parabéns pela coragem.
Obrigada Luciana.
Estou na mesma tentativa da sua. Uma hora dá certo, não podemos desistir nunca! Força e foco!
Obrigada Ali… 🙂