Gerda Lerner nasceu em Viena (Áustria). Primeira filha de Ilona e Robert Kronstein, uma abastada família judaica. O pai era farmacêutico e a mãe artista. Por causa da Anschluss (anexação político-militar da Áustria por parte da Alemanha), ela juntou-se à resistência antinazista, onde passou seis semanas, além do aniversário de dezoito anos, presa numa cadeia na Áustria. A família escapou da Áustria e da perseguição nazista; com a ajuda de um jovem amante socialista, Bobby Jensen. Gerda imigrou para os Estados Unidos em 1939.
Depois de mudar de profissão várias vezes, casar e divorciar-se de Jensen, conheceu e casou-se com Carl Lerner, um jovem diretor de teatro que era associado ao Partido Comunista dos Estados Unidos da América.
Gerda Lerner iniciou sua educação superior aos 40 anos , quando os próprios filhos estavam na escola, conquistando títulos na New School for Social Research, em 1963, e de Ph.D. na Columbia University, em 1965 e 1966. A família mudou-se para Los Angeles, onde Carl começou a trabalhar com cinema. Permaneceram juntos até a morte de Carl em 1976.
Gerda Lerner continuou no partido comunista, principalmente na era McCarthy, e tornou-se um dos maiores nomes sobre estudos da história da mulher. Historiadora, escritora e professora. Foi professora emérita de História da Universidade de Wisconsin–Madison. Foi uma das fundadoras do campo de História Afro-Americana e presidente da Organização dos Historiadores Americanos. Ela representou um papel chave no desenvolvimento de um currículo de História da Mulher. Esteve envolvida também no desenvolvimento de programas similares na Universidade de Long Island entre 1965/1967, no Sarah Lawrence College entre 1968 / 1979, onde estabeleceu o primeiro programa de graduação em História da Mulher, na Universidade de Colúmbia, onde também foi co-fundadora do Seminar on Women.
Faleceu aos 92 anos no dia 02.01.2013.
Tudo o que explica o mundo na verdade explicou um mundo que não existe, um mundo em que homens estão no centro do empreendimento humano, e as mulheres estão à margem “ajudando”. Tal mundo não existe – nunca teve.
Gerda Lerner