Como já disse aqui antes, eu nunca pensei em empreender, mas quando assumi a OGZ, foi como abraçar o primeiro filho que acaba de nascer. Tem todo o aprendizado do dia a dia mais os conselhos e palpites de outros.
Assim foi meu começo como empresária, aprendizado diário e muito conselho recebido. Nesse início, sem experiência nenhuma, eu fui fazendo, trabalhando, tentando gerenciar o caos. Nessa tentativa, fiz o curso 10.000 mulheres, parceria da FGV com o banco Goldman Sachs, que me deu um panorama do que eu precisaria correr atrás se quisesse ter uma empresa organizada e bem sucedida.
Depois do curso busquei mais informações e ajuda de pessoas qualificadas, pondo em prática algumas coisas que eu tinha aprendido, mas era pouco. Contratei um consultor para o Planejamento estratégico da OGZ, que estamos tentando fazer ainda e, mesmo assim, foi um salto! As metas para 2013 são ambiciosas (e possíveis), mas o aprendizado e crescimento pessoal neste processo foi (e é) o mais incrível! Aprendi como me organizar, como buscar complementar algo em que não sou tão boa e comecei a me entender com os sócios, afinal olhamos para o mesmo lugar: o futuro!
Desde que assumi a empresa, apesar de fazer o melhor que minhas competências permitiam, me questionava se eu era de fato Empreendedora, se eu tinha vocação. No começo do mês, fizemos a nossa maior venda em um único pedido, e eu fui negociar com o comprador desta empresa, achando que estava preparada. Para resumir: a venda saiu não o valor que eu queria, mas ao que fui disposta a fazer. O prazo ficou intermediário, nem pra mim nem pra ele, tudo lindo!Mas por que eu não fiquei feliz? Por que me senti tão medíocre? Por que eu não pude negociar como eu deveria? Não estava preparada como era esperado? Eu fui ridícula!
Os questionamentos geraram uma imensa insatisfação comigo mesma, um desejo de abandonar tudo por não ter competência. Depois de ouvir minhas lamentações, um amigo me indicou o Seminário Empretec, parceria do Sebrae e da ONU. Resolvi fazer para ver se obtinha as respostas que acalmassem meu coração.
Tive a sorte e felicidade de ter excelentes Facilitadores (nome dado aos professores do seminário). Surtei, dormi pouco e trabalhei muito. Descobri que o caos, que eu queria resolver dentro da empresa, estava dentro de mim mesmo (não vou falar do Empretec, espero que quem não fez, faça! Médicos, advogados, empresários, todos! Façam o Empretec, sigam meu conselho!).
Voltemos a questão do caos: descobri que ele está dentro de mim, está me levando a beira do precipício… Eu sei que é alto, mas eu vou pular! Eu quero correr! Eu quero Realizar! Mas tem um problema, este é o meu processo, é a transformação que estou sofrendo desde que assumi a OGZ… e os outros a minha volta? Não estão no mesmo ritmo, na mesma pegada, na mesma “vibe”. Sinto que neste momento, quem não correr comigo, será a pedra amarrada na corda que está no meu pescoço, quando eu pular no mar, vai me puxar pra baixo.
Estou numa ânsia por realizar, por em prática tudo! Quero olhar para trás e pensar: Uau!!! Eu fiz tudo isso? Eu consegui!
Óbvio que isso se dará com a ajuda de colaboradores, funcionários, parceiros, família, amigos. A gente não é ilha, mas temos que remar para o mesmo lugar.
Este processo todo de descobrimento e reinvenção de mim mesma, está me impulsionando de uma forma que eu nunca pensei. Estou animada, feliz comigo mesma, pilhada. Um pouco egoísta, talvez, mas depois de muito tempo fazendo realmente algo por mim!
Eu sei que nem todos vão gostar ou aceitar estas mudanças, em alguns vai doer mais, ou menos, mas para ser bem sincera, agora é a minha vez! E é agora ou nunca!
Junto com este texto, deixo uma música, da banda Agridoce, intitulada “130 anos”. Ela tem tudo a ver com este momento, a letra é linda! Ouçam e pensem…
“Caro é transformar-se num arremedo de si próprio a ponto de nem se reconhecer mais”. Beijos.
Yuri Yonashiro é empresária, diretora da empresa OGZ, com experiência na organização, gerenciamento e realização de eventos Off-Road. Especialista em Empreendedorismo pela FGV/Goldman Sachs, através do projeto “10.000 Mulheres Empreendedoras do Mundo”.
2 pensamentos em “Sei que é alto, mas eu vou pular!”
gostei muito.musica linda
Adoramos tudo, a música então…
Beijos
Equipe ER.