Por Cintia Moiana
O universo feminino é sempre muito interessante. O cérebro da gente muda de foco tão rápido que, em outros tempos, seríamos todas diagnosticadas com TDAH.
Estava dia desses, sentada em um café com uma amiga, a jogar conversa fora. Nós duas, exemplos magníficos de pessoas bem resolvidas, já com os filhos criados, netos começando a povoar nossas vidas, profissionalmente estáveis e já pensando no tempo de aposentadoria que se aproxima bem lá no final da estrada. Éramos, naquela altura da vida, jovens senhoras com plena segurança de seus papéis no mundo.
Plena segurança? Espere um minuto. Somos mulheres! E que mulher apresenta plena segurança em si própria?
Embora na Cafeteria, preferimos um bom vinho e a filosofia fluiu como o líquido em nossas taças, acabamos por aportar nos vários questionamentos que não chegam a nos afligir, mas que incomodam um pouco, à medida que se tornam recorrentes.
Na “nossa idade”, qual a postura diante de tantos desafios? Manter uma empresa, aconselhar filhos adultos, aprender e conviver com novas tecnologias, mimar netos com moderação… Por vezes dá um cansaço em continuar tentando dar conta de tudo! A vontade é apenas de deixar o barco correr.
Mas não podemos fazer isso. Temos o leme nas mãos e temos que nos manter atentas aos movimentos da maré. Um descuido e o barco vira, literalmente.
Nossa geração produziu mulheres fortes demais para os homens produzidos na mesma época. Percebemos que podemos tudo, ou quase tudo (trocar pneus ainda é um desafio pra mim). Com os avanços da ciência, com seus cosméticos maravilhosos, temos a ilusão de sermos sempre jovens. Pelo menos até enfrentarmos a verdade absoluta de que os homens de nossa faixa etária preferem as mulheres da faixa etária de nossas netas.
Assim, é desafiador trabalhar a autoestima em um mundo onde o que se vê é sempre o melhor de todo mundo. As redes sociais estão aí para comprovar. Ninguém é tão bonito e feliz quanto no Facebook (e nem tão feio quanto no RG). Porém, existe um ponto de vista interessante sobre isso. Ouvi dia desses alguém dizendo: “NÃO COMPARE O PALCO DO OUTRO COM O SEU BACKSTAGE”. Achei o máximo! Realmente, o que vemos diariamente e somos bombardeados pela mídia, é o melhor do outro, que acabamos, idiotamente, comparando com o nosso pior! É natural. A gente se depara com nossas piores versões físicas no espelho. Acordamos no meio da noite, angustiadas e lá está quem pra ver isso? Nós mesmas!
Quem olha o peso atrevido na balança? Nós mesmas, claro! Você já viu alguém postando, nas redes sociais, foto em cima de uma balança, marcando sobrepeso? Eu nunca! Selfie de flacidez? Nem pensar!
Assim, podeROSA, um conselho breve:
Tenha CONFIANÇA em você mesma. Saiba que, em todas as fases da vida, nosso cérebro está preparado para receber novas informações e construir conhecimento. VOCÊ SEMPRE PODE APRENDER TUDO! Pare de se comparar aos outros. Compare-se sempre com você mesma! Observe seu progresso e valorize sua competência!
Praticando este outro olhar sobre sua pessoa, sua autoestima ficará valorizada e o sucesso será simplesmente INEVITÁVEL!