Por Daniela Delfini de Campos
Seguindo o ritmo do meu primeiro prévio novo texto de 2016, penso: na minha vida tem que ser assim, tudo movido à paixão e de sopetão. As surpresas trazem consigo meus melhores momentos, aqueles que o tempo não apaga, que o cheiro traz de volta, aqueles que a música faz fechar os olhos pra viajar.
Então lá vem o segundo texto pra justificar o primeiro, assim nesse meu estilo que a maturidade vai permitindo assumir, depois de inúmeros tropeços … maturidade é uma dádiva!
Meu ímpeto renasceu de um forte sentimento que me invade e que, certa e comprovadamente, tanto pela ciência quanto pela vida, faz muito bem a si e ao outro: o nome disso é empatia.
Estou solteira há quase sete anos e sempre, durante toda a minha vida, sempre senti muito ao ver casais se separando, relações terminando. Sofro irremediavelmente a cada novo episódio dessa novela sem fim, as relações perigosas da vida real. Sempre tive muita vontade de chegar mais perto das mulheres e ajudá-las, independente da minha intimidade com tais pessoas. Talvez esse desejo esteja ligado a um outro sonho maluco que carrego e alimento: o desejo de conhecer as histórias das pessoas a fundo.
Pois bem, corri o risco, movida pelo ímpeto de um dia intenso e falei tudo que me deu vontade, falei à vontade, falei da minha vontade. Contei que também tenho essa dor, das perdas, das rupturas, dos planos jogados fora, essa coisa toda espinhenta e cortante que rasga a gente por dentro quando rompemos uma ligação profunda, longa e costurada.
Virtualmente ou não, o retorno foi imediato e o amor quando trocado, só se faz multiplicado, a empatia se misturou à gratidão e veio esse desejo de então, compartilhar. Será possível ampliar, alargar, multiplicar e, desta forma, fazer serenar? Espero que tenham conseguido captar, senão, tentarei explicar…no próximo, quem sabe, de forma mais regular.
Meninas, mulheres, vamos nos juntar! Foi isso o que busquei expressar.