Constantemente ouvimos que o número de mulheres empreendendo está crescendo em ritmo acelerado. Atualmente 31% das pessoas empreendedoras são mulheres (era somente 21% há 10 anos). Entretanto, somente 3% dos altos cargos corporativos das empresas no Brasil são ocupados por mulheres.
Em pesquisas recentes realizadas pelo IBGE foi comprovado que as mulheres estudam e se preparam mais do que os homens, mesmo assim estão com salários mais baixos e cargos menores que os homens.
Alguma coisa tem de errado em tudo isso, né? Se as mulheres se preparam mais e melhor, têm características que o mercado atual necessita para se desenvolver, estão cada vez mais inseridas no mercado de trabalho e atuando como líderes, o que está acontecendo?
Em minha opinião, a resposta é muito clara. Acredito que as mulheres têm menos ambição que os homens. Mesmo com tantos avanços femininos, as mulheres são menos agressivas e preferem estabilidade profissional e pessoal. Os homens correm mais risco e ganham a recompensa. As mulheres também precisam conciliar família e trabalho, já que tradicionalmente elas têm a obrigação de cuidar dos filhos e da casa.
Mas nem tudo é má notícia. Muitas empresas, como a Ernst & Young, proporcionam maior flexibilidade para as mulheres. Afinal, sabemos que uma boa administração é feita por gêneros mistos. Concordam?
Acho que devemos parar e refletir melhor a atuação feminina no mercado de trabalho. Como diz o ditado: nós não nadamos tanto para morrer na praia, não é mesmo?
Priscila Moraes de Carvalho é diretora de negócios da Unimagem Odontologia. Técnica em Radiologia com expecialização em radiologia odontológica. Especialista em Empreendedorismo Feminino pela FDC/ Goldman Sachs, através do projeto “10.000 Mulheres Empreendedoras e empreteca. Diretora de Assessoria Empresarial na Associação Comercial e Empresarial de Itajuba. Conselheira consultiva da Incubadora de Empresas de Itajubá. Fundadora e presidente da Câmara da Mulher Empreendedora de Itajubá – CMEI e colunista da Revista local It`s Itajubá.