Meu artigo de estreia para o Empreendedorismo Rosa não poderia ser mais sugestivo e completamente adaptável aos dias de hoje. Sabe aquela história e musiquinha do “Um elefante incomoda muita gente”? Pois bem, eu cheguei a conclusão que um elefante ROSA incomoda muito mais. Certamente algumas pessoas não vão entender logo de cara o que eu quero dizer, outras pessoas talvez vão criticar, e muitas outras vão se identificar com o meu ponto de vista.
Estou no Empreendedorismo Rosa há quase 6 meses, quando recebi o convite para ser colunista e compartilhar um pouco das minhas ideias sobre empreendedorismo, mercado de consumo e varejo, áreas no qual sou apaixonada e comecei a empreender com 15 anos de idade.
Sou uma jovem empreendedora nata, que não gosta de fazer média com ninguém, que fala sempre a real independente do aspecto político, e que, aliás, a analogia de “pisar em ovos” nunca foi a minha prática fiel, e eu acredito que sem querer deu muito certo, pois os meus atuais clientes, parceiros, amigos e meu time gostam muito desta minha característica.
Mas eu quero expor algo curioso que aconteceu comigo nesta trajetória aqui no Empreendedorismo Rosa. Logo quando comecei a abraçar o movimento e mais do que isso, quando comprei de verdade a ideia e causa do ER, até mesmo por acreditar que causas ligadas ao empreendedorismo feminino e até masculino deveriam fazer cada vez mais parte do sistema educacional brasileiro; logo que entrei para o grupo fiquei apaixonada pelo projeto e muito mais pelas pessoas, pela quantidade de histórias que conheci e aprendi, seja de mulheres ou de homens. SIM! Para quem não sabe, nós temos muitos homens envolvidos nesta causa. Mas voltando ao foco, como tudo nesta vida que é bom, sempre pode vir acompanhado também por algo não tão bom, eu comecei a incomodar. Verdade! Eu comecei mesmo a incomodar outros movimentos que existem e que ao invés de compartilharem, colaborarem e juntarem-se a nossa causa, optaram por criticar a nossa iniciativa ao projeto, que vamos deixar bem claro, somos todas colaboradoras que não ganhamos 1 centavo para defender e/ou ajudar a disseminar nosso maior objetivo: o empreendedorismo no Brasil.
Mas por ironia do destino, ou até por acaso, apesar de eu não acreditar em coincidências, eu achei bizarro que comecei a incomodar por fazer parte de um projeto tão importante, tanto quanto muitas outras iniciativas, só por carregar o nome ROSA na marca. E achei engraçado principalmente, porque eu mesma não uso uma peça de roupa ou acessório da cor ROSA há pelo menos 20 anos. Sabe, eu não gosto muito da cor, acho que minha mãe me vestiu tanto de rosa quando criança, que acabei enjoado e atualmente não uso ROSA.
Mas então, alguns devem se perguntar “Por que ela faz parte de um movimento de empreendedorismo chamado EMPREENDEDORISMO ROSA?”. É simples e eu faço questão de expor isso a todos. Eu acredito que independente do nome “rosa”, um empreendedor de verdade, deve excluir totalmente de sua vida pré-conceitos ou atitudes bobas no sentido de “quem aparece mais” ou então: “se você faz parte do clube x não poderá fazer parte do clube y”. Eu aprendi, nestes últimos anos, que o mercado é tão grandioso e tão pequeno ao mesmo tempo, que a atitude da colaboração, trocas, experiências e engajamento precisam ser cada vez mais colocadas em prática.
Por outro lado, percebo que o assunto “empreendedorismo” virou modinha. Agora todo mundo quer empreender, virou quase carreira fashion onde a disputa nas passarelas é acirrada. Mas quero, posso e vou fazer a minha parte dentro do movimento Empreendedorismo Rosa, independente do nome ROSA e de qualquer moda ou crítica que eu possa receber e sabe por quê? Porque eu quero deixar a minha marca no mundo e compartilhar um pouco da minha experiência, de uma jovem que começou a empreender com 15 anos de idade e que nem sabia que isso se chamava empreendedorismo. De uma pessoa que descobriu na pele que empreender com muito dinheiro ou com a famosa síndrome do coitadinho é muito fácil, quero ver é empreender sem grana, sem grandes batalhas, com luta e garra para se atualizar, com estômago de avestruz para investir tempo e dinheiro em ideias e, além disto, correr atrás o tempo todo com coragem e força para realmente fazer a diferença na vida das pessoas e de toda uma sociedade, sem blá-blá-blá, jabá e principalmente, sem precisar matar ou corromper ninguém.
O meu maior objetivo aqui é dizer para você não se incomodar com críticas, porque elas vão fazer parte do seu dia a dia, principalmente quando a felicidade e o sucesso estão virando (ou já viraram) a esquina e são percebidos por outras pessoas que poderiam estar com você compartilhando, disseminando e aprendendo um pouco mais sobre atitudes colaborativas, no maior objetivo de “juntos somos mais fortes”.
Para fechar o meu artigo de estreia, vou deixar um recado: se você está empreendendo em qualquer área, com qualquer projeto, seja você homem ou mulher, não desanime nunca quando as críticas surgirem. Se alguém dizer que o seu projeto, atitude ou escolha de movimentos e causas, principalmente as que carregam o nome ROSA são ruins, encare isso como um superdesafio e oportunidade porque estas críticas podem alimentar a maior vantagem competitiva que qualquer empreendedor, empresário pode ter: coragem e vontade de fazer acontecer!
Independente de qual movimento, grupo, ideia, projeto, comunidade ou clube você faça parte, nunca se esqueça disto, e se for possível, tente integrar e se engajar com todas as pessoas e todos os movimentos que existem e que são sérios. Ah, e lembre-se sempre da famosa musiquinha: “Um elefante incomoda muita gente” e complemente cantando que: vários elefantes independentes da cor, sexo e perfil podem incomodar muito mais! O que importa é que a sua atitude de se engajar em causas reais e positivas pode te diferenciar no mercado.
Bia Rodrigues é especialista em diversos setores da cadeia de valor Brasileira e global, fundou o GCDV-GRUPO CADEIA DE VALOR. Pós-graduada em administração estratégia e negócios pela FIA USP, graduada em comunicação social e Marketing pela UNIB e ESPM. Idealizadora da Associação Brasileira de Jovens Consumidores coligada a fundação Procon. É conselheira técnica em associação e entidades de classe dos setores de tecnologias, varejo, indústrias, atacadistas, distribuidores e operadores logísticos. Faz parte da diretoria da Associação Brasileira de logística e é a member mais jovem da entidade americana NRF – National Retail Federation no Brasil, responsável por idealizar missões internacionais aos USA e importantes eventos para setores da cadeia de valor Brasileira.