Por Janaina Passos
Conversando com alguns amigos que têm ou que gostariam de ter um negócio próprio, percebi uma certa aversão das pessoas em fazer o Plano de Negócios. Parece que o PN (vamos chamá-lo assim para começarmos a criar intimidade com ele) é uma ferramenta complexa, um documento super difícil de ser produzido ou compreendido. Mais difícil do que entender física quântica, é um elemento que só gênios conseguem fazer ou interpretar.
Primeiro, gostaria de falar que não é bem assim. O PN, como qualquer outra coisa, pode ser grande ou pequeno, simples ou complexo, difícil ou fácil de entender. Ele precisa, independente de suas características, ser amigável. Afinal, sua missão é ajudar e não atrapalhar o empreendedor.
O PN é a primeira sistematização do sonho do empreendimento. É o “papel” que contém registrado o que será feito e de que maneira este sonho será desenvolvido, como um roteiro. Para que serve o PN, já que negócios se criam independente de seu planejamento? Para que possamos saber o que é necessário para reduzir os riscos de nosso negócio dar errado. Ou seja, para que tenhamos mais certeza de que o negócio vai dar certo. E para mostrarmos a quem possa interessar, como por exemplo um investidor.
Para abrir um negócio são muitos pensamentos, muitos detalhes e muitas ações que fluem em nossa cabeça para serem realizados. Se não registrarmos, esses dados irão se perder. E se não tivermos a preocupação de conhecer os pontos principais de um PN, corremos o risco de tomar decisões catastróficas.
Quais são estes pontos? Listei abaixo os pontos principais que considero importantes na hora de abrir um negócio em forma de perguntas:
1. O que você pretende produzir? Qual serviço ou produto você pretende comercializar?
2. Como você irá produzir? Qual estrutura você precisa para produzir?
3. Quem irá trabalhar com você?
4. Onde sua empresa irá funcionar?
5. O que é necessário em termos de instalações para sua empresa funcionar? O que você precisa adquirir de máquinas, cursos, licenças etc?
6. Quanto custará esta infra-estrutura?
7. Quanto custará cada peça ou cada serviço produzido? Qual preço de custo?
8. Qual preço de venda?
9. Qual lucro?
10. Quantas peças ou quanto do serviço deverá ser vendido para que o negócio seja lucrativo?
11. Quem serão seus clientes?
12. Como você irá fazer com que estes clientes comprem de você?
13. Quem serão seus concorrentes?
14. Quem serão seus fornecedores?
Muitas outras perguntas podem ser incorporadas no PN, mas estas são exemplos de questões básicas que podem nortear um pensamento empreendedor para planejar um negócio viável. Afinal, sem pensarmos em questões básicas como estas fica muito arriscado investir tempo e dinheiro em um sonho, não é?!
Como falei anteriormente, o PN pode ser um relatório grande ou pequeno. Ele pode ser feito em forma de tópicos, de perguntas, de desenhos ou de planilhas. O importante é que ele seja funcional, que ele cumpra a sua missão: descrever seu negócio para quem for investir nele (um banco, um amigo ou parente) e que ele lhe mostre o que você deverá fazer para que seu negócio seja viável.
Então, se você está pensando em abrir um negócio, primeiro faça um Plano de Negócio! E se você já possui um negócio, também é importante fazer o seu PN, afinal ele poderá lhe ajudar a enxergar e melhorar o funcionamento de sua empresa, com foco no planejamento de um futuro próspero. Seja cuidadoso, objetivo e até mesmo simples. Mas não deixe de cumprir esta etapa fundamental no seu planejamento. Depois disso, mãos à obra e sucesso!
Um pensamento em “O famigerado Plano de Negócio!”
Vocês acabaram simplificando os termos do plano de negócios. Ótima explicação, vou recomeçar a fazer o meu. Obrigada