Não, esse não é o título de um roteiro de um romance nem o refrão de uma música do Alejandro Sanz. E sim, sei que o tema central deveria ser felicidade. Mas ao ser perguntada hoje sobre o que parte o meu coração, percebi o quanto essa pergunta revela sobre o nosso propósito de vida.
Muito se fala sobre propósito e sua relação com a felicidade, mas no dia a dia essa conexão nem sempre é tão evidente. O que nos faz sofrer, o que nos tira o sono e nos deixa com o coração em pedaços? Paradoxalmente, são essas experiências dolorosas que nos mostram o caminho para o nosso propósito.
Nossas dores e decepções são como bússolas que apontam para o que realmente valorizamos. Quando algo nos despedaça, quando a vida nos tira o chão, é nesse momento que enxergamos com clareza o que realmente importa. O que nos falta, o que nos move, o que nos faz levantar da cama todos os dias.
Não se trata de buscar a felicidade a todo custo, como se ela fosse um destino final a ser alcançado. A felicidade é uma camada essencial da vida, presente nos momentos de alegria e contentamento, mas o propósito é a base sólida sobre a qual construímos nossa existência. É a nossa bússola interna, que nos guia em direção à nossa essência.
E se o nosso coração partido for o mapa que nos leva até lá? Se cada lágrima derramada, cada dor sentida, cada cicatriz deixada para trás nos aproxima um pouco mais daquilo que nos completa?
Talvez o propósito não seja algo grandioso e extraordinário, como salvar o mundo ou descobrir a cura para o câncer. Talvez ele esteja nas pequenas coisas, nos gestos de amor e compaixão, na busca por um mundo mais justo e igualitário, na conexão com a natureza e com o divino.
Felicidade e propósito são como camadas interligadas da nossa existência. A felicidade nos impulsiona, nos motiva e nos dá energia para seguir em frente, enquanto o propósito nos dá direção, significado e um senso de pertencimento. E essa direção é guiada pelos nossos valores, que são como estrelas que iluminam o nosso caminho. Quando vivemos em consonância com nossos valores, quando nossas ações refletem aquilo que acreditamos, a felicidade surge como uma camada natural da nossa vida, complementando e enriquecendo o nosso propósito.
Portanto, da próxima vez que seu coração se partir, não se desespere. Abrace a dor, chore as lágrimas que precisam ser choradas, e então, reflita sobre o que essa dor pode estar revelando. Porque cada pedaço do seu coração partido é uma pista que te leva mais perto do seu propósito, da sua verdade, da sua felicidade plena e completa.
Colunista de gestão empresarial e autogestões pessoais
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