Ao ingressar na área de ESG, em 2023, encontrei desafios surpreendentes. Descobri uma variedade de frameworks, metodologias, inventários de emissão de carbono, o pacto global da ONU, certificações, e temas como diversidade, impacto social, estratégia, liderança e cultura – elementos além da minha expectativa inicial. Comecei minha jornada de estudos adquirindo livros, revistas e dialogando com profissionais do campo. Um curso sobre Planejamento Estratégico expandiu minha perspectiva e enriqueceu meu entendimento sobre metodologias ágeis, processos, design thinking, transformação digital e gestão de projetos.
Em seguida, iniciamos o desenvolvimento em várias frentes, buscando consultoria para nos apoiar nessa jornada. Internamente, conseguimos implementar ações como um Programa de Voluntariado e pude aplicar meu conhecimento de mais de 10 (dez) anos de experiência em multinacionais nesta missão.
Com o planejamento estratégico definimos o nosso rumo, sublinhando a necessidade de uma visão clara e uma causa comum apoiada pela alta liderança. Houve um esforço para que este propósito fosse compreendido tanto interna quanto externamente, fazendo com que os conceitos de ESG ganhassem significado para todos(as), promovendo uma cultura de engajamento.
Pudemos observar a evolução do processo mês a mês, analisar o estado atual e desejado, ajustar rotas, organizar procedimentos e implementar um sistema de gestão de dados para a captação ágil. Depois, abordamos certificações e protocolos essenciais, e pude perceber o meu papel transformador na empresa e a minha satisfação pessoal em trabalhar com um propósito.
Com estratégias alinhadas e processos organizados, começamos a integrar a estratégia ao negócio, preparando-nos para desafios futuros. Em determinados momentos, precisamos agir decisivamente, sempre priorizando a gentileza e a empatia. Adotamos uma abordagem adaptada ao nosso contexto, seguindo etapas claras de planejamento e execução.
A cultura da empresa, com olhar para sustentabilidade, transformou-se gradualmente. Educamos com apoio de parceiros e especialistas na área, divulgamos notícias e influenciamos grupos internos a adotar novas perspectivas. Para incorporar a cultura ágil, utilizamos uma metodologia conhecida, enfatizando a educação, o engajamento da liderança e a inovação. Outras ferramentas essenciais foram os KPIs, a análise de dados, o PDCA, a priorização de temas, a gestão de rotina para apoiar equipes e a gestão de tarefas ou gestão à vista.
O grande resultado de tudo isso foi a entrega final do Relatório de Sustentabilidade, que além de servir como uma base fundamental, é um documento repleto de conhecimento, que aborda diversos temas e aprofunda outros, apresentando a maturidade do negócio e como a governança corporativa funciona, sendo um material riquíssimo para apoiar no planejamento estratégico de toda empresa. Com iniciativas como: pílulas de conhecimento, kit de brindes e a Comissão de ESG, exploramos vários temas, que vez ou outra me chamam, “ei, você viu que saiu tal matéria no jornal?”, ou então “você acha que posso fazer isso na minha área?”. Encorajo a continuidade neste caminho, beneficiando os comprometidos com o planeta, a sociedade e o meio ambiente. Em momentos assim, sinto uma alegria imensa, ciente do legado que estamos construindo em conjunto.
Minha integração à área de ESG impulsionou uma transformação profunda em minha carreira, reforçando minha identidade como uma profissional revigorada, repleta de valores humanizados. Movida por um profundo compromisso com o desenvolvimento humano, dedico-me a fomentar a felicidade e o bem-estar, com o intuito de gerar um impacto positivo na sociedade. Esta jornada é alimentada pela sinergia entre teoria e prática em sustentabilidade e metodologias ágeis, sustentando minha crença inabalável na nossa capacidade coletiva de remodelar o mundo para melhor. Ao humanizar o ambiente de trabalho e promover o desenvolvimento pessoal, vejo cada passo desta jornada não apenas como uma contribuição profissional, mas como um legado de transformação e esperança.
Administradora, Governança Corporativa, Bussiness Agility e Escritora
Pós-graduada em Desenvolvimento Gerencial e Metodologias Ágeis
Especialista em Sustentabilidade & ESG
Este texto faz parte do E-BOOK ” Vozes Femininas na Sustentabilidade” idealizado por Daniele Ciotta