“Viajar é uma maneira de nos espalharmos, de rompermos com nossas divisórias internas e aniquilarmos medos e tabus. Viajando é que descobrimos nossa coragem e atrevimento, nosso instinto de sobrevivência e nossa capacidade de respeitar novos códigos de conduta. Viajar minimiza preconceitos.” Martha Medeiros.
Resolvi iniciar nosso papo de viagem deste mês com esta bela citação de Martha Medeiros sobre sua interpretação do que é viajar, pois irei falar um pouco para as pessoas que estão pensando em viajar sozinha e ainda estão com alguma insegurança.
Viajar sozinha não significa meter o pé no mundo de qualquer maneira, sem planejamento ou organização. O princípio é o mesmo, tem que haver pesquisa para encontrar bons preços, verificar a viabilidade de estar naquele lugar dentro do período proposto e buscar boas opções de hospedagens e passeios. Tenha um pouco mais de atenção somente nos detalhes com a escolha dos passeios e com as localizações dos hotéis. Dê preferência a hospedar-se em áreas mais movimentadas e que tenham sido indicadas por alguém de sua confiança ou por sites idôneos. Muita gente ainda se engana quando pergunta: e se acontecer algum imprevisto? E se eu precisar de orientação? Não é preciso pensar muito que vai acontecer o mesmo que aconteceria se você estivesse acompanhada, você vai ter que resolver. A única diferença é que você só vai contar com sua iniciativa para resolver o problema e não esperar que outra pessoa faça por você. Uma coisa é certa: se você é uma pessoa dependente, daquelas que não conseguem ou travam se tiver que fazer algo sozinha, nem cogite esta possibilidade de viagem.
Quando você opta por cair no mundo sozinha, pela primeira vez, uma sensação enorme de liberdade toma conta de todas as suas células, bate sim aquele pequeno frio passageiro na sua barriga e antes de imaginar que tudo pode dar errado, pense justamente ao contrário, que tudo pode dar certo. Viajar sozinha não é nenhum bicho de sete cabeças, pode acreditar em mim, viajo sozinha desde sempre e sou uma apaixonada por esta opção. Vale lembrar que viagem por mais planejada, organizada que seja, sempre tem uma pequena possibilidade de dar algo errado e isso não depende de você estar sozinha ou acompanhada. Cabe a você dar a devida proporção ao problema e resolver sem pânico os imprevistos, se eles aparecerem.
Portanto, cuide com muito carinho e atenção da sua viagem, namore seu roteiro e curta cada pedacinho dela. Quando voltar, já vai querer planejar a próxima. Pode acreditar.
Naira Amorelli é Profissional na área de Turismo, Marketing e Mídias Sociais, graduada em Gestão e Planejamento de Turismo e Agências de Viagens. É Gestora, Consultora, Agente de Viagens formada, Guia de Turismo, credenciada pelo Ministério do Turismo (MTUR), e já atua na área de Turismo (em diversos setores) há mais de 15 anos. Dentro de sua trajetória profissional, também estão incluídas experiências como radialista e produtora de eventos turísticos. Já viveu grandes experiências como Guia de Turismo viajando por terras mais remotas no Brasil. Atualmente, além de produzir as matérias é responsável pelas áreas de Marketing e Novas Mídias do site Embarque na Viagem. Viajante profissional por paixão e por profissão, vive viajando pelo “mundão” que é uma de suas vocações.
2 pensamentos em “Viajar sozinha pode ser uma grande aventura”
Muito bom o texto, concordo com tudo.
Alem do que, quando se viaja sozinho, como foi meu caso em inúmeras vezes, nunca se esta realmente sozinho, mas tem gente que encontramos no avião, no trem, na rodoviária, na recepção dos hotéis, dos albergues, nos museus, onde for sempre tem gente para trocar experiências e enriquecer a viagem.
Ate coloquei em livro uma viagem que fiz sozinho, por vários países e continentes:
http://www.clubedeautores.com.br/book/11141–India_Cingapura_Australia_e_China
Viajar é sempre bom, vale a pena.
Vivi esta experiência, desde fazer o passaporte, embarque, desembarque, compras, passeio e foi maravilhoso. Realmente a sensação de liberdade é incrível.