Você já ouviu falar do Movimento Panteras Cinzentas e de sua idealizadora?
Maggie Kuhn morreu em 1995, mas nunca esteve tão atual. Quando uma aposentadoria compulsória a tirou do trabalho, aos 65 anos, criou um grupo para combater a discriminação que empurrava idosos para fora de cena. O ano era 1970 e, além de protestar contra a Guerra do Vietnã, seus membros argumentavam que os velhos, ao lado das mulheres, constituíam os recursos humanos mais subestimados dos Estados Unidos.
O nome Gray Panthers (Panteras Cinzentas) foi dado pelo produtor de um talk show em Nova York. Pegou e foi adotado pelo movimento que, no final da década, tinha mais de 100 mil associados.
O conselho de Kuhn aos associados em criar mudanças sociais mostrava a força das suas convicções: “Deixem a segurança para trás. Coloque seu corpo em risco. Fique diante das pessoas que você teme e diga o que pensa – mesmo que sua voz trema. Quando você menos espera, alguém pode realmente ouvir o que você tem a dizer. Estilingues certeiros podem derrubar gigantes. E faça sua lição de casa.”
Ela que continuou a desempenhar um papel nos Panteras Cinzentas até à sua morte aos 89 anos, é considerada por muitos como tendo iniciado nada menos do que uma revolução cultural contemporânea, tanto em termos de redefinição do significado da idade como através da sua insistência em jovens e velhos caminharem juntos.
Visionária já dizia que : “ Em 2020, haverá mais velhos que jovens” E realmente não estava errada.
Entre suas frases que continuam sendo ecoadas por especialistas em gerontologia, uma das mais conhecidas é: “A velhice não é uma doença. É força e sobrevivência, triunfo sobre todos os tipos de desapontamentos e vicissitudes”.