Por Jr Pereira
“Na vida, nós devemos ter raízes, e não âncoras. Raiz alimenta, âncora imobiliza. Quem tem âncoras vive apenas a nostalgia e não a saudade. Nostalgia é uma lembrança que dói, saudade é uma lembrança que alegra.” Mario Sérgio Cortella.
Antes de começar este artigo, quero dizer que me sinto lisonjeado em ter sido convidado a escrever para este blog e trocar experiências com você, querida leitora, (e alguns leitores). Sendo assim, pegue seu café, seu chá ou ainda, quem sabe, seu suco e vamos partir para nossa primeira conversa. Tenho certeza que nos tornaremos bons amigos e nos encontraremos várias vezes aqui para refletir e buscar transformar ideias em realidade.
O super mega power título de quase 30 linhas (tá, exagerei um pouco!), surge a partir de (quase) um ato falho no primeiro artigo que escrevi para este renomado blog, durante a viagem que realizo agora. Neste exato momento me encontro em Presidente Prudente (SP) visitando meus pais e hoje à tarde, após pensar muito, muito e muito, escrevi um artigo para vocês o qual apaguei ao chegar a conclusão que estava redundante. Imprimi o texto, fui para a área externa, peguei um café e uma parte do texto que havia escrito anteriormente me chamou atenção: “É necessário desenterrar as raízes para descer o rio e chegar ao oceano“, e ao mesmo tempo lá estava eu. Discordando de mim mesmo. Sim, quase sempre acabo entrando neste embate e acredito que talvez você também já tenha entrado algumas vezes. Comecei a pensar (a partir da frase do filósofo Mário Sérgio Cortella), que “ter raiz” é necessário sim, pois raiz é o que nos alimenta e a frase deveria ser mudada para: “É necessário soltar a âncora, para conseguir descer o rio e chegar ao oceano“. E a partir disto minha mente foi para outro ponto. “Para que isto aconteça é necessário que você se reedite, não é Jr?” – pensei em voz alta comigo mesmo.
Sim, é claro! Veja, no cinema, assim como na produção musical ou nos livros, editar é montar o produto final. Sendo assim quando você acaba o trabalho com a edição final é quando o produto está pronto para ir para o mercado. Assim também acontece comigo, com você, conosco. Muitas vezes acreditamos que a edição final de nós mesmos está pronta e não temos mais nada a aprender, pois alcançamos a certo modo nosso objetivo. Que erro! Pois a partir da hora que pensamos assim, tudo passa a ficar estagnado. Geralmente as pessoas que sempre dizem: isto eu sei, aquilo eu também sei, aquilo outro eu também sei, acabam ficando estagnadas e nunca irão inovar, inventar e muito menos criar e isto é triste tanto para o seu empreendimento, assim como para sua família, amigos e principalmente para você.
Então, sendo assim, te faço uma proposta: que tal reeditar em 2015 ou quem sabe editar um novo filme? Revise, deixe as partes boas e esteja pronta para incluir outras partes, quem sabe alguns extras. Inove, verdadeiramente, respire, não seja resistente ao novo, a reedição é quase como uma reinvenção, o que eu considero como alimento para que o novo sempre resurja mesmo sendo considerado “velho”. Se não fosse assim, as grandes marcas não mudariam embalagens dos mesmos produtos, ou não inovariam em uma nova fórmula (e muitas vezes a nova fórmula consiste em apenas um pedacinho de alguma coisa que é quase nada), que já faz toda uma diferença aos olhos do consumidor final.
Pode tudo parecer um pouco complicado, meio confuso, mas, acredite, leia mais uma vez e as nuvens aos poucos se dissiparão. Afinal, como dizia Guimarães Rosa: “Não convém fazer escândalo de começo, só aos poucos é que o escuro é claro”.
E o céu? Ora, o céu com certeza não é o limite! Acredite, reinvente, reedite. Um abraço repleto de paz, amor e harmonia e até a próxima!